“É preciso que voltemos a ter policiamento obrigatório, como já existiu antes de 2012, e depois é preciso que as forças policiais detenham de imediato os agressores, pois, se tal acontecer, passamos, e bem, a falar em crime público”, disse o presidente da APAF, à agência Lusa.
Luciano Gonçalves defende também a necessidade de “um compromisso por parte dos clubes, associações e conselhos de disciplina das associações para que se altere a moldura penal desportiva para infratores, de forma a ser possível a irradiação dos agressores”.
“Só se pode fazer alguma coisa se as entidades assim o quiserem, não podemos continuar a ver os números a aumentarem e dos conselhos de disciplina a continuarem a banalizar as situações e os tribunais a não punirem. Os castigos demoram e são insuficientes, o que vai fazendo com se instale um clima de impunidade”, disse.
Luciano Gonçalves defendeu também a necessidade de uma sensibilização para o problema por parte da Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD), nomeadamente no que diz respeito “às detenções imediatas por parte das forças policiais, algo que está previsto na lei”.
No sábado, dois jogos dos campeonatos distritais do Porto e de Viana do Castelo ficaram marcados por agressões às equipas de arbitragem, que levaram o presidente da APAF a utilizar as redes sociais para pedir “castigos exemplares” e apelar ao “reforço da segurança”.
De acordo com a imprensa desportiva, em menos de dois meses, registaram-se 12 casos de agressões a árbitros, em jogos de futebol e futsal em Portugal.
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