Na quarta-feira, em entrevista aos espanhóis da rádio Marca, o técnico disse ter recebido convites de Flamengo e Atlético Mineiro e, hoje, instado a confirmar a proposta do atual campeão brasileiro e a razão para a declinar, Carlos Carvalhal admitiu ter recebido “várias” propostas, mas remeteu para o facto de ter contrato com o Sporting de Braga.
“Eu e a minha equipa técnica somos pessoas muito estáveis e coerentes. Sempre disse que têm chegado algumas coisas, para não dizer várias, desde o início do nosso trabalho aqui no Sporting de Braga, com ênfase no final da época passada e início desta. A importância que demos a isso foi dizer que não estamos em condições de discutir nada porque temos contrato com o Braga, portanto, tem que ser com o Braga que os clubes têm que falar e isto serve para todos os clubes que nos contactaram”, disse.
Carlos Carvalhal confirmou ainda que Raul Silva, Chiquinho (emprestado pelo Benfica) e Piazon já não fazem parte do plantel ‘arsenalista’.
“Fizemos uma reestruturação do plantel. O Raul saiu porque está em final de contrato, já tinha o desejo de ir para outras paragens e tem agora a oportunidade que tanto merece, porque é um grande profissional. O Chiquinho foi uma situação de clara não adaptação ao clube, isto acontece muitas vezes e o melhor é encontrar outro caminho. O Piazon ia perder espaço na segunda parte da época, não tem a ver com a competência, atitude ou profissionalismo dele, é um excelente jogador, mas preferimos dizer ao jogador que o melhor seria procurar outro caminho”, disse.
O treinador, que fazia a antevisão à receção ao Famalicão, no domingo, da 17.ª jornada da I Liga, disse esperar um Sporting de Braga “motivado” em busca dos três pontos.
“O Famalicão é 17.º [classificado], a posição não é boa, mas tem um jogo a menos e tem competência coletiva e individual para estar melhor posicionado, mas há circunstâncias que não correm como os clubes querem. Tem bons jogadores, mudou de treinador recentemente, respeitamos o Famalicão, mas, mais importante, é o que podemos fazer”, disse.
Na última jornada, os bracarenses golearam o Arouca (6-0): “Fizemos um bom jogo em Arouca, foi uma boa semana de trabalho, a equipa está viva, motivada e confiante, com uma vontade muito grande de ir a jogo e discutir os três pontos”, disse.
Questionado sobre se o planeamento de algumas contratações falhou no início da época, o treinador disse que não.
“O Tiago Esgaio é contratado quando estava cá o irmão e vinha complementá-lo, mas, quando perdemos o Ricardo, o casamento entre as duas características dos laterais não dava. Depois, quando veio o Yan Couto, as circunstâncias mudaram e fez sentido ficar o Fabiano, que era um jogador mais sólido e defensivamente mais forte de todos eles”, detalhou.
Carlos Carvalhal assumiu que “esperava mais” de Chiquinho, mas notou ter havido uma série de fatores, incluindo “alguma animosidade” dos adeptos, que contribuíram para que o jogador emprestado pelo Benfica não se tivesse adaptado aos bracarenses.
Diante dos famalicenses, o técnico não vai poder contar com os avançados Abel Ruiz e Vitinha, infetados com covid-19.
“A nossa postura perante as circunstâncias é não lamentar as ausências, é um traço nosso desde que chegámos cá. Esta é uma anormalidade que passa a ser uma normalidade e dentro dos jogadores disponíveis iremos escolher, nem que tenhamos que ir aos sub-19 ou sub-17”, disse.
David Carmo, Sequeira, Castro e Galeno, lesionados, e Abel Ruiz e Vitinha, com covid-19, são baixas no Sporting de Braga.
Sporting de Braga, quarto classificado, com 31 pontos, e Famalicão, 17.º, com 11, defrontam-se a partir das 18:00 de domingo, no Estádio Municipal de Braga, jogo que será arbitrado por Fábio Melo, da associação do Porto.
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