O ex-presidente do IPDJ confirmou hoje na Assembleia da República, após ser ouvido por uma Comissão Parlamentar, que entrou com uma providência cautelar no tribunal por considerar que o despacho que confirmou a sua destituição do cargo não tem fundamento.
"A providência cautelar foi hoje apresentada e vai seguir os seus trâmites legais na justiça", referiu o antigo dirigente do Instituto, que já durante a Comissão Parlamentar tinha manifestado a sua indignação perante a decisão do secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo.
"O despacho não está bem fundamentado, não elenca nenhum fundamento que permita concluir que o Conselho Diretivo não estava em condições de cumprir as suas funções", explicou aos deputados presentes.
O ex-dirigente mostra-se "perfeitamente preparado para enfrentar qualquer que seja a decisão que for tomada pelo juiz".
Augusto Baganha esteve sete anos na liderança do IPDJ e a sua saída aconteceu a cerca de um ano de terminar o mandato, com a Secretaria de Estado da Juventude e Desporto a escolher Vítor Pataco para o cargo. A substituição gerou polémica, tendo Augusto Baganha criticado o sucessor, acusando-o de reter o processo sobre o alegado apoio do Benfica aos grupos organizados de adeptos não legalizados durante dez meses.
No âmbito deste processo, a Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto da Assembleia da República ouviu hoje as explicações de Augusto Baganha e, na próxima quinta-feira, será a vez de João Paulo Rebelo prestar os seus esclarecimentos.
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