“O pedido inicial de indemnização era de 40 mil euros e ficou pela metade. Foi um empate através de uma sentença salomónica”, referiu à agência Lusa o treinador Augusto Inácio, que vai reunir com o advogado para “decidir o passo seguinte” e se vai ou não recorrer.
O processo remonta a fevereiro de 2018 e entre as acusações de Inácio está a crítica a Pedro Barbosa, que jogou no Sporting durante 10 anos, por ter agido contra os interesses do clube, incluindo ter forçado uma expulsão num Benfica-Sporting (3-0), em 2000/01.
De acordo com Augusto Inácio, este e outros momentos funcionaram para o afastar do comando técnico da equipa 'verde e branca'.
“Não fui condenado por mentir nem caluniar, mas por beliscar o bom nome do [Pedro] Barbosa”, considerou Augusto Inácio, acrescentando que se fosse hoje provavelmente não o diria da forma como o fez.
Pedro Barbosa acusou o antigo técnico, que o orientou nas épocas de 1999/2000, na qual se sagraram campeões nacionais, e 2000/01, de prestar “declarações falsas e caluniosas” e avançou para o processo judicial que teve agora o seu desfecho.
“Após 18 anos, e do nada, Augusto Inácio vem, incompreensível e gratuitamente, tecer considerações inverídicas e maldizentes”, afirmou, na altura, o antigo internacional português, num esclarecimento enviado à agência Lusa.
A sentença refere que as declarações que Inácio fez “são vexatórias para qualquer atleta que se preze” e o seu intuito só pode ser o de “dizer mal, de denegrir a reputação, o caráter, a imagem e o bom nome de Pedro Barbosa no seio da comunidade desportiva”.
“Dizer que um futebolista tudo fez para que a sua equipa perdesse, é, certamente, a ofensa mais grave que se pode fazer do ponto de vista profissional”, refere a sentença.
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