“A equipa tem de estar preparada para tudo. O Zenit é uma equipa sólida a defender e temos de ter capacidade de atrair e criar espaços. A equipa tem de manter sempre o equilíbrio e não ficar desatenta na vigilância aos homens da frente”, alertou o técnico dos ‘encarnados’, que precisam de vencer os russos com, pelo menos, dois golos de vantagem para garantir a passagem para a Liga Europa,
Em declarações prestadas em conferência de imprensa, realizada no Estádio da Luz, o treinador português, de 43 anos, vincou que, apesar de consumado o afastamento da ‘Champions’, os jogadores devem ser consistentes ao longo de todo o encontro e trabalhar para recuperar a dimensão internacional do passado do clube.
“O Benfica foi grande e tem de voltar a ser grande em termos internacionais. Os jogadores que aqui entram têm de perceber a grandeza do Benfica. O nosso maior adversário é estarmos muito preocupados com as consequências das nossas ações, isso leva-nos ao medo. Temos de deixar de parte o passado carregado de emoções e sentimentos negativos”, vincou.
Confrontado uma vez mais com as escolhas feitas ao longo desta competição, Bruno Lage reiterou confiar ter feito as melhores opções “a cada momento”, questionando a ideia de “onze base” e lembrando a indisponibilidade física de várias unidades em diferentes momentos da época, com os exemplos de André Almeida e Rafa.
“Qual é o onze base? O que venceu o Sporting na Supertaça ou o que venceu no Bessa? Se olharmos para um e para o outro faltam cinco jogadores. […] O onze é o onze a cada momento: há a estratégia, a recuperação dos jogadores, os problemas que os jogadores podem ter”, sustentou.
Sobre o Zenit – que segue isolado no comando do campeonato russo, com mais 10 pontos do que o segundo classificado, o Krasnodar, e acalenta ainda esperanças de seguir em frente na Liga dos Campeões -, o treinador do Benfica teceu elogios ao conjunto de Sergei Semak.
“Tem uma saída de bola e uma dinâmica muito interessantes com os quatro homens da frente. O Dzyuba é uma grande referência na bola aérea e, por vezes, procura os nossos laterais para fugir ao confronto com os centrais, somando ainda muita gente a atacar a profundidade. Têm transições ofensivas muito rápidas e são uma equipa muito experiente”, analisou.
Em destaque na equipa do Benfica está o avançado brasileiro Carlos Vinicius, com 13 golos em 18 jogos efetuados esta época. Desafiado a avaliar a evolução do jogador de 24 anos, que começou fora das opções habituais e é agora a referência ofensiva, Lage assegurou que o mais importante é dar “tranquilidade” aos avançados.
“A primeira coisa que digo aos avançados é para começarem a ver o Canal Panda. É meio caminho andado para estarem sempre tranquilos”, afirmou, acrescentando: “Cobra-se muito aos avançados. Se a equipa vence e o avançado não marca, parece que não tem o mesmo sabor. É o jogador que menos vezes toca na bola e faz com que uma jogada normal se torne numa bonita jogada.”
O encontro da sexta jornada do grupo G da Liga dos Campeões entre o Benfica, quarto classificado, com quatro pontos, e o Zenit, segundo, com sete, está marcado para esta terça-feira, às 20:00, no Estádio da Luz.
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