Os bracarenses garantiram, na quinta-feira, o acesso ao play-off da Liga Europa, última etapa antes da fase regular, no qual vão defrontar, na quinta-feira e em 29 de agosto, os austríacos do Rapid Viena, depois de baterem, na Suíça, o Servette por 2-1.
Contudo, na primeira jornada do campeonato, o Sporting de Braga empatou, em casa, com o Estrela da Amadora (1-1), após o qual o técnico Daniel Sousa foi despedido, enquanto o Boavista entrou a vencer, no terreno do Casa Pia (1-0).
“Não já jogos fáceis e jogar no Bessa nunca é fácil, o Boavista vem moralizado com uma vitória fora. Cumpre-nos ter humildade e respeito pelo adversário, é o primeiro caminho para ganhar. Vamos a jogo com determinação e foco para trazer os três pontos amanhã [domingo]”, disse na conferência de imprensa de antevisão.
Os pontas de lança El Ouazzani e Roberto Fernández, reforços desta temporada, marcaram os golos da equipa diante do Servette e Banza, melhor marcador da equipa na época anterior, não saiu do banco.
“[Isso] Não torna a vida mais difícil para o Banza. [Mas] Avaliámos a atitude e o empenho dos jogadores e depois tomámos decisões. Ambos têm uma particularidade que gosto, são jogadores de atitude, trabalho e compromisso e isso é muito importante”, disse.
O treinador dos minhotos notou que a competição é bastante grande na frente e que precisa de três avançados de qualidade até porque a forma de jogar das suas equipas exige muito desses jogadores — “dificilmente fazem os 90 minutos”.
“O Banza tem bastante qualidade, e esses jovens têm um potencial muito grande, vão crescer, marcar mais golos e com o compromisso fantástico que têm. Depois, é escolher”, reforçou.
O pouco tempo de preparação para o jogo não preocupa o treinador: “do pouco, eu quero muito – muito empenho, muita entrega, que a equipa corra e trabalhe muito”, afirmou.
Do jogou na Suíça valorizou a “maturidade e humildade” da equipa para segurar o ímpeto do Servette nos primeiros 20 minutos.
“Se não tivéssemos a firmeza, a atitude e uma entrega muito grande, iríamos sofrer golos e qualquer equipa ira ter dificuldades, como, aliás, a Roma teve na época passada [1-1, na Liga Europa]”, disse.
O técnico lamentou ainda a ausência de João Moutinho, que se lesionou na quinta-feira e vai ficar de fora no próximo mês, mas notou que o Sporting de Braga não depende só de um jogador, apesar de “tão importante” como o internacional português, “mas de um coletivo”.
Carlos Carvalhal gosta de ver as suas equipas a jogar o que chama de futebol associativo e isso ficou patente nomeadamente nos dois golos do Sporting de Braga em Genebra, mas o treinador considera que “há muito trabalho pela frente”.
“Estamos num ciclo muito difícil para imprimir as nossas ideias [por causa dos muitos jogos], recorremos muito ao lado estratégico e ao vídeo, assim como à capacidade de inteligência dos jogadores e os do Braga têm um nível de interpretação muito grande”, disse.
O treinador frisou a importância do triunfo porque garantiu a participação nas competições europeias, seja na Liga Europa ou na Liga Conferência, o que dita no mínimo mais 10 jogos para os bracarenses, notando que isso é um novo fator que pode justificar reajustes no plantel.
“Isso pode ter implicações para equilibrar e melhorar o plantel, torná-lo mais competitivo para estarmos a top em todas as competições. Pode haver reajustamentos, se calhar com mais premência após o último jogo europeu”, admitiu.
Tal como João Moutinho, Paulo Oliveira, também devido a lesão, e André Horta, ainda a recuperar de uma virose, são baixas para o Bessa.
Sporting de Braga, com um ponto, e Boavista, com três, defrontam-se no domingo, a partir das 20:30, no Estádio do Bessa, no Porto, num jogo que vai ser arbitrado por António Nobre, da associação de Leiria.
GYS // JP
Lusa/Fim
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