A equipa minhota vem de uma vitória caseira para a Liga Europa, sobre o Ludogorets (4-2), na quinta-feira, e de 10 jogos sem perder, enquanto o Benfica de uma série menos positiva de resultados, tendo saído goleado da Alemanha, pelo Bayern de Munique, por 5-2, na terça-feira.
O treinador preferiu sempre centrar-se no Sporting de Braga, mas elogiou a equipa ‘encarnada’, que “tem excelentes jogadores, um excelente treinador e uma atmosfera sempre difícil”, pois o Estaio da Luz “é um campo difícil de se jogar”.
“Estamos à espera de um adversário que nos vai criar dificuldades, que tem uma enorme capacidade ofensiva. Por outro lado, terá um Sporting de Braga ambicioso, que vai fazer o que tem feito desde que chegámos aqui, que é abordar o jogo para desconstruir o adversário e, através disso, vencer o jogo”, disse.
Carlos Carvalhal referiu ainda que o Benfica “tem mais pontos fortes do que débeis”, mas notou que “há pequenos pormenores” que os minhotos podem explorar.
Lembrando o diferente tempo de recuperação das equipas dos respetivos jogos europeias (o Benfica jogou terça-feira e o Sporting de Braga na quinta-feira), o treinador quer um Sporting de Braga “com coragem e determinação” na Luz.
“É chover no molhado falar sobre isso, mas a análise de creatina quinase, que avalia o comportamento muscular, se o jogo fosse hoje, sete jogadores estariam impossibilitados de jogar. Há uns que recuperam melhor que outros, vamos ver na prática amanhã [domingo] quem poderá jogar”, disse.
O treinador referiu que a “mente é tão importante como o corpo” no final do jogo com o Ludogorets, acrescentando hoje que, apesar da fisiologia dizer que não há recuperações totais em 72 horas e que “o cansaço está sempre presente”, as “vitórias ajudam a recuperar porque descomprimem o sistema nervoso central”.
“Se uma equipa está a perder e tem a mesma concentração de jogos, há um acrescento de fadiga, enquanto se estiver a vencer há uma focalização num prisma positivo, é totalmente diferente, por isso os treinadores dizem que ganhar é o melhor tónico para a recuperação”, disse.
O técnico revelou que Vitinha é um dos sete jogadores “no vermelho” e que “qualquer avançado pode avançar para o jogo”, garantido um “‘onze’ extremamente competitivo, capaz de discutir o jogo”.
Carlos Carvalhal referiu que os bracarenses venceram quatro dos últimos cinco jogos com o Benfica, “mas em 74 jogos na Luz [em todas as competições] só venceu quatro”, notando serem “dores de crescimento” o ciclo intenso de jogos.
“Fizemos muito para chegar à Liga Europa, através da Taça de Portugal. Queremos andar assim e vamos em frente para tentar ganhar os três pontos”, disse.
Questionado sobre se este será, até ao momento, o grande teste do Sporting de Braga, Carlos Carvalhal considerou que “os jogos são todos iguais na forma de abordagem”.
“O meu maior teste foi o treino de hoje, depois é o jogo do Benfica e depois o treino do dia seguinte. Vivo no dia-a-dia. Há duas semanas, a imprensa disse que eu estava apontado a sair do Sporting de Braga, neste momento a equipa está em alta. É a vida [dos treinadores], umas vezes somos bestas, outras bestiais. Estamos há muitos anos no futebol e não nos perturbámos com isso. É um jogo igual ao da semana passada”, disse.
David Carmo e Tormena, lesionados, são baixas nos ‘arsenalistas’.
Sporting de Braga, quarto classificado, com 19 pontos, e Benfica, terceiro, com 25, defrontam-se a partir das 21:15 de domingo, no Estádio da Luz, em Lisboa, jogo que será arbitrado por Artur Soares Dias, da associação do Porto.
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