No Rio de Janeiro, um golo de Lucas Paquetá, aos 47 minutos, segundos depois de entrar em campo, valeu o apuramento aos anfitriões e detentores do título, que souberam sofrer, num jogo em que nunca se deixaram ‘sufocar’ pelos chilenos.
Ainda assim, o ‘haraquiri’ de Gabriel Jesus, que ‘se’ expulsou aos 49 minutos, logo após o golo, com uma entrada completamente ‘descontextualizada’ sobre Mena, poderia ter saído cara aos ‘canarinhos’, pois ‘la roja’ teve hipóteses para empatar.
Entre oportunidades mais ou menos claras, destaque para dois lances protagonizados por suplentes lançados nos chilenos, um cabeceamento à barra do suplente Brereton, aos 69 minutos, e um ‘tiro’ de Meneses defendido por Ederson, aos 78.
Os brasileiros, com Neymar sempre muito importante na arte de conseguir ter a bola e criar perigo praticamente sozinho, também poderiam ter chegado ao segundo golo, nomeadamente pelo jogador do PSG (67 minutos), tendo justificado o triunfo.
Com esta vitória, o Brasil, em busca do 10.º título, vai reencontrar nas meias-finais de segunda-feira o Peru (superou o Paraguai nos penáltis), que bateu na final de 2019 por 3-1 e goleou na presente edição por 4-0, na fase de grupos.
O encontro começou equilibrado e muito disputado a meio-campo, com as duas equipas a sentirem muitas dificuldades em chegar perto das balizas contrárias, merecendo apenas destaque, nos primeiros 20 minutos, os remates de Vegas (10) e Richarlison (15).
O Brasil criou a primeira ocasião aos 22 minutos, com Neymar a centrar da esquerda e Firmino a falhar o desvio, ao segundo poste, e o Chile respondeu aos 27, num contra-ataque conduzido e finalizado por Eduardo Vargas para defesa difícil de Ederson.
Na parte final da primeira parte, os ‘canarinhos’ conseguiram algum ascendente, com Danilo a atirar por cima, aos 32 minutos, Sierralta a anular um desvio de Neymar, aos 37, e Gabriel Jesus a atirar forte para defesa vistosa de Claudio Bravo, aos 43.
Para a segunda parte, Tite lançou Lucas Paquetá e não podia ter sido mais feliz, pois o substituto de Firmino marcou logo aos 47 minutos: o jogador do Lyon tabelou com Neymar e, após corte deficiente de Vegas, ficou isolado, ganhou a Medel e bateu Bravo.
O Brasil não poderia ter recomeçado de melhor forma, mas, pouco depois, aos 49 minutos, Gabriel Jesus teve uma entrada à ‘karaté’ sobre Mena e viu o cartão vermelho direto.
Com mais um, o Chile passou a assumir mais o jogo, instalando-se muitas vezes junto da área ‘canarinha’, mas perante um conjunto anfitrião que nunca abdicou de contra-atacar, com Neymar quase a marcar o segundo golo, aos 67 minutos.
A resposta de ‘la roja’ chegou aos 69 minutos, com Mena a centrar da esquerda e Brereton, entrado ao intervalo para o lugar do regressado Alexis Sánchez, a cabecear à barra.
O Chile voltou a ter uma grande oportunidade aos 78 minutos, num ‘tiro’ do recém-entrado Meneses, que Ederson defendeu por instinto, para, aos 81, Carlos Palacios, outro suplente lançado na segunda parte, rematar ao lado.
Em ‘cima’ dos 90 minutos, Brereton e Vargas não conseguiram rematar e, nos seis minutos de descontos, fase em que entrou o benfiquista Everton (aos 90+1, em vez de Richarlison), Palácios ainda apareceu bem colocado, mas atirou muito mal, aos 90+6.
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