Luka Modric estreou-se a vencer o prémio The Best, atribuido pela FIFA, numa cerimónia que decorre no Royal Festival Hall, em Londres.
A eleição do ‘The Best’ foi feita pelos selecionadores nacionais, os ‘capitães’ das seleções, jornalistas e público.
Para se sagrar vitorioso frente a Cristiano Ronaldo (que não compareceu na cerimónia) e 'Mo' Salah, o jogador croata precisou de 29,o5% dos votos.
Este triunfo surge na senda de êxitos anteriores, pois o talentoso médio já tinha vencido o prémio de Melhor Jogador da UEFA neste ano, obtendo 313 pontos perante os 223 do astro português e os 134 do avançado egípcio.
Note-se que, tal como no prémio de Melhor Jogador da UEFA, Lionel Messi fez parte da shortlist de candidatos ao prémio mas não foi escolhido para o Top 3, apesar de ter ganho a Liga Espanhola pelo Barcelona e de arrecadar a Bota de Ouro europeia pelos seus 34 golos durante a época 2017-2018.
Esta distinção coroa um ano em cheio para Luka Modric. A motivar as distinções individuais estão a conquista da Liga dos Campeões pelo Real Madrid - a terceira consecutiva e quarta desde que milita no clube madrileno - e a sua prestação pela Croácia no Campeonato do Mundo na Rússia. Apesar de ter perdido na final perante a França, o capitão da seleção croata foi agraciado com a Bola de Ouro dada ao melhor jogador da competição.
Sobrevivente da Guerra Civil Jugoslava, Luka Modric superou uma difícil infância vivendo com a sua família enquanto refugiado num quarto de hotel na cidade de Zadar. Apesar da sua figura pouco possante, o seu talento com a bola nos pés e a sua inteligência em campo fizeram no ascender à elite do futebol internacional: primeiro no Dínamo Zagreb, depois no Tottenham Hotspurs e, por fim (e até agora), no Real Madrid.
No entanto, nem tudo tem sido fácil para Modric em 2018. Mesmo tendo acumulado vitórias no últimos meses, falta-lhe vencer a mais importante das batalhas, no tribunal. Depois de ter chegado a acordo com justiça espanhola numa acusação de fraude fiscal, o jogador croata enfrenta uma pena até cinco anos de prisão pelo crime de perjúrio. Em causa está a alteração do depoimento que fez no caso de Zdravko Mamić, o "padrinho" do futebol croata acusado de corrupção desportiva (entre outros delitos), tendo sido acusado de ter prestado um falso testemunho.
De recordar que a natureza dos maiores prémios individuais no futebol tem sofrido alterações na última década. Até 2010, a France Football e a FIFA mantinham prémios em separado, o "Ballon d'Or" (Bola de Ouro) e o prémio de Melhor Jogador do Ano, respetivamente. Dessa data até 2015, mantiveram uma parceria em que fundiram os dois prémios no FIFA Ballon d'Or. Findada a colaboração, a Bola de Ouro voltou para a France Football mas a FIFA não retomou o Melhor Jogador do Ano; ao invés, criou de raiz o The Best, com a mesma finalidade.
[Notícia atualizada às 23h20 com a percentagem de votos que deu a vitória a Modric]
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