“Devemos guiar-nos por aquilo que nos indicam os governos, a Organização Mundial da Saúde e as autoridades locais, mas devemos também tomar as nossas próprias decisões a assumir compromissos razoáveis”, declarou Sebastian Coe, em entrevista ao canal de televisão indiano WION.
Para o líder da World Athletics, “em determinado momento, o desporto poderá decidir se está preparado para organizar eventos, mesmo que ainda não haja aprovação por parte das autoridades”.
“Seremos respeitadores, mas devemos tomar as decisões tendo em conta o melhor para o nosso desporto e os nossos atletas”, insistiu o britânico, de 63 anos.
Após a declaração de pandemia, em 11 de março, as competições desportivas de quase todas as modalidades foram disputadas sem público, adiadas — nomeadamente Jogos Olímpicos Tóquio2020, Euro2020 e Copa América -, suspensas, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais, ou mesmo canceladas.
Sebastian Coe referiu-se particularmente aos Jogos Olímpicos, adiados para o período entre 23 de julho e 08 de agosto de 2021, admitindo que ninguém poderá assegurar que o evento irá mesmo realizar-se.
“É inútil especularmos sobre algo que acontecerá daqui a mais de um ano. Tentámos dar as atletas uma certa clareza em termos de calendário, contudo, as especulações dos cientistas e dos especialistas médicos não ajudam. Espero que pandemia seja contida, de modo a que não sejamos obrigados a anular os Jogos”, acrescentou.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 304 mil mortos e infetou perto de 4,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou agora a ser o que tem mais casos confirmados (cerca de 2 milhões contra 1,8 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 118 mil contra mais de 164 mil).
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