Segundo Gonçalo Almeida, que representou o agora treinador do Santos e três portugueses que compunham a sua equipa técnica, uma intervenção do Comité Disciplinar da FIFA, que decretou "o impedimento de registo de jogadores a nível nacional e internacional" forçou o pagamento de uma compensação aos quatro portugueses, entretanto já saldada.
O processo entre o antigo treinador do FC Porto e o Zamalek, um dos maiores clubes do Egito e de África, começou poucos meses depois da rescisão unilateral, por parte dos técnicos, com o clube, em novembro de 2015.
O processo foi parar à FIFA, onde o Comité do Estatuto do Jogador decidiu a favor dos portugueses, tendo sido "estipulada uma compensação a ser paga pelo clube aos quatro" treinadores.
Esta foi "uma vitória excelente", tendo surgido numa altura em que Jesualdo Ferreira prosseguia carreira no Qatar, com o Al Sadd, onde juntou um título nacional aos que tinha conquistado no Egito e em Portugal.
Ainda assim, o clube "teimava em não proceder ao pagamento", pelo que foi necessária a intervenção do Comité Disciplinar da FIFA, que desbloqueou a questão após "uma batalha tremenda".
"Envolveu recursos para o Tribunal Arbitral do Desporto, intervenção do Comité Disciplinar, outros recursos para o TAS, depois desta decisão... foi uma longa batalha", atira o ex-advogado FIFA.
Segundo Gonçalo Almeida, o fim do diferendo foi recebido "com enorme regozijo e alívio por toda a equipa técnica", pela resolução satisfatória de um processo ganho nas várias instâncias.
Jesualdo Ferreira, de 74 anos, está desde o início do ano à frente dos brasileiros do Santos, após quatro anos no Al Sadd que se seguiram a pouco mais de uma época no Zamalek, do Egito, numa carreira em que orientou os ‘três grandes' de Portugal, o Sporting de Braga, o Málaga (Espanha) ou o Panathinaikos (Grécia), entre outros.
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