A atleta do Benfica, que esteve afastada da distância durante mais de dois anos para ser mãe, regressou à maratona, com uma marca de 2:25.22 horas, a sua segunda melhor de sempre, numa corrida que fez de forma cautelosa – passou à meia maratona em 1:12.50.
“À partida de Portugal sabia que tinha de correr de forma cautelosa, pois o meu objetivo era manter-me na Preparação Olímpica e teria de correr para uma marca de 2:28. Por muita experiência que se tenha e apesar de ter obtido uma excelente marca na meia maratona em Lisboa, assustava-me um pouco a reação que o meu corpo poderia ter, pois há muito não corria assim. Durante a corrida nunca controlei em que lugar estava, só sabia que passava por algumas, e só no final percebi que era quinta classificada, com o meu segundo registo de sempre”, disse Dulce Félix.
Feliz pelo resultado conseguido, Dulce Félix quer agora aproveitar o momento para desfrutar do excelente resultado no regresso a esta distância.
“Ainda não estabelecemos objetivos para os Campeonatos do Mundo, se irei aos 10.000 metros ou maratona. Agora estou ainda mais concentrada em competir nas provas do meu clube, o Benfica, que me apoiou bastante nos últimos dois anos e agora quero retribuir”, concluiu.
A corrida feminina foi ganha pela etíope Ashete Dido, que cortou a meta em 2:21.13 horas, batendo em mais de três minutos o anterior recorde da prova (2:24.48) e melhorando o seu recorde pessoal (2:23.27).
Dido ultrapassou nos dois últimos quilómetros a queniana Lydia Cheromei, que tinha feito toda a prova na frente, chegando a ter mais de um minuto de vantagem, acabando por terminar em segundo lugar, com 2:22.12. A etíope Tinbit Weldegebril fechou o pódio, com um recorde pessoal de 2:23.37.
O etíope Leul Gebreselassie impôs-se na prova masculina, em 2:04.30 horas, melhorando significativamente o recorde da prova anterior (2:05.15), que pertencia a Sammy Kitwara (que agora ficou em sétimo lugar, em 2:06.20) desde o ano passado.
Subiram ao pódio Elhassan El Abbasi (Barhain), que melhorou o seu recorde pessoal de 2:10.57 para 2:04.42, ficando o terceiro lugar para o queniano Matthew Kisorio (2:04:52, também melhor marca pessoal).
Na prova masculina, estreou-se o português Nuno Lopes, que terminou com uma marca de 2:16.39 horas.
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