Os comentários de Cordeiro surgiram durante uma conferência com jornalistas, na qual o presidente anunciou Kate Markgraf como a nova diretora geral de futebol da seleção nacional feminina dos EUA, posto no qual vai ser responsável por aquilo que Cordeiro chama de “Visão 2027”.
“Sem surpresas, isso está ligado à possibilidade de nos propormos a organizar o Campeonato do Mundo de Futebol Feminino de 2027”, disse o presidente.
Cordeiro já tinha previamente sugerido uma proposta durante a reunião anual da Federação de Futebol dos Estados Unidos, em fevereiro. “Precisamos de garantir a excelência em todas as nossas equipas femininas”, disse o presidente, acrescentando que “assim, quando olharmos para 2027, podemos imaginar — e ouso dizê-lo, sonhar — uma vez mais organizar o Campeonato do Mundo de Futebol Feminino aqui mesmo nos Estados Unidos, incluindo uma vitória em casa.
Qualquer proposta para organizar o torneio de 2027 necessitará de aprovação do conselho de administração da Federação de Futebol dos Estados Unidos, apesar do canal ESPN ter reportado que a organização já disse que “é muito provável” que tal venha a acontecer.
O país deverá ter de competir com os Países Baixos e com o Chile pela aprovação, assim como com uma alegada proposta conjunta da Dinamarca, Ilhas Faroé, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia.
Ainda não é claro quando é que os EUA irá submeter a sua proposta. A FIFA, a organização mundial para o futebol, ainda não nomeou os organizadores do Campeonato do Mundo de Futebol Feminino de 2023, que recebeu propostas da Argentina, Austrália, Bolívia, Brasil, Colômbia, Japão, Nova Zelândia e África do Sul, assim como da Coreia do Sul.
Uma decisão quanto a 2023 é esperada em março do próximo ano. Nessa altura a FIFA estará então disposta a receber propostas quanto à edição de 2027.
Os EUA já organizaram as edições do Campeonato do Mundo de Futebol Feminino de 1999 e 2003, com o último a ser decorrente de uma decisão de última hora depois de uma epidemia de Síndrome Respiratória Aguda Grave na China ter obrigado à relocalização do torneio.
Esta notícia chega numa fase em que se encontra uma disputa em termos de remuneração entre a seleção nacional de futebol feminino dos EUA e a Federação, com a situação a agravar-se depois de Cordeiro ter dito que as jogadoras terem sido mais bem pagas que os seus colegas masculinos entre 2010 e 2018.
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