Vencedores do Grupo D, com nove pontos, os lusos regressarão ao Estádio Stozice, em Ljubljana, para defrontar a vice-líder da ‘poule’ B, com cinco, dois abaixo da campeã Espanha, desta vez sem ausência de público ditada pela pandemia de covid-19.
O histórico das 13 partidas entre Portugal e Itália no escalão de ‘esperanças’ favorece a ‘gli azzurrini’, com sete vitórias, três empates, três derrotas e um saldo de 21 golos marcados contra nove sofridos, dos quais cinco embates decorreram em Europeus.
Em 1994, a iminente ‘geração de ouro’ do futebol português, liderada por Nelo Vingada, finalizou a estreia em fases finais, então limitada apenas a quatro seleções, em França, numa final perdida no prolongamento (1-0), com um ‘golo de ouro’ de Pierluigi Orlandini.
A Itália conquistava o segundo de cinco títulos (1992, 1994, 1996, 2000 e 2004) e só voltaria a cruzar-se com Portugal na fase de grupos do torneio de 2002, empatando em solo suíço a uma bola, com Emiliano Bonazzoli a anular o tento de Hélder Postiga.
Essa formação de Agostinho Oliveira ficou afastada das meias-finais, nas quais perderia em 2004, sob alçada de José Romão e na Alemanha, frente à ‘gli azzurrini’ (3-1), fruto de dois golos de Alberto Gilardino e outro de Gianpiero Pinzi, contra um de Pedro Oliveira.
Em 2007, nos Países Baixos, as duas seleções terminaram os seus grupos na terceira posição e decidiram entre si a última vaga de acesso ao torneio de futebol masculino dos Jogos Olímpicos Pequim2008, que os pupilos de José Couceiro falharam nos penáltis (3-4, após um ‘nulo’) - Manuel Fernandes e Antunes desperdiçaram as conversões lusas.
O último encontro deu-se em 2015 e também redundou num empate sem golos, relativo à fase de grupos de um torneio em que Portugal, já com Rui Jorge ao leme, seria finalista vencido, ao perder com a Suécia também na ‘lotaria’ dos 11 metros (3-4, após um ‘nulo’).
Ausente da edição de 2019, a equipa das ‘quinas’ prepara-se agora para disputar pela terceira vez os quartos de final do campeonato da Europa de sub-21, patamar fixado de forma inédita este ano em fases finais, em função do alargamento para 16 seleções.
Os lusos afastaram a Polónia nessa ronda da edição de 1994, ao vencerem em Coimbra (2-0), com golos de Toni e Paulo Torres, de grande penalidade, e em Szczecin (3-1), graças ao ‘bis’ de João Vieira Pinto e ao tento de Rui Costa, contra um de Kaan Dobra.
Volvidos dois anos, também num sistema de duas mãos, Hugo Porfírio ainda adiantou o ‘onze’ de Nelo Vingada em Lisboa (1-0), com Christian Vieri e um autogolo de Emílio Peixe a reverterem a eliminatória em Palermo, conduzindo a Itália às meias-finais.
Portugal desponta na fase final de 2021 com legítimas aspirações de conquistar um título inédito, até por beneficiar de uma aposta vincada na geração nascida em 1999, notabilizada pelos títulos continentais de sub-17, em 2016, e sub-19, dois anos depois.
O percurso incólume na primeira fase, ao vencer o Grupo D, com nove pontos, mediante um pleno de triunfos sobre Croácia (1-0), Inglaterra (2-0) e Suíça (3-0), veio justificar a elevada expectativa depositada num grupo de jovens marcado pela solidez competitiva.
Face ao lote inicial de 23 convocados, Rui Jorge confirmou os regressos expectáveis dos avançados Jota (Valladolid) e Rafael Leão (AC Milan), ambos ausentes por lesão em março, em detrimento dos médios Filipe Soares (Moreirense) e João Mário (FC Porto).
Já o centrocampista Romário Baró (FC Porto) surgiu como substituto cirúrgico de Pedro Gonçalves, melhor marcador da última edição da I Liga, com 23 golos pelo campeão Sporting, que integrou os 26 eleitos de Fernando Santos para a fase final do Euro2020.
Pedro Gonçalves prepara-se para a estreia na seleção ‘AA’, pela qual já passaram o médio Gedson (Galatasaray) e Trincão (FC Barcelona), ‘artilheiro’ português no Euro2021 de sub-21, com dois tentos, e baixa de vulto na fase decisiva.
O extremo teve um contacto considerado de alto risco pelas autoridades de saúde e foi dispensado logo no arranque do estágio, a par do defesa direito titular Thierry Correia (Valência), que teve um teste positivo para o novo coronavírus, que provoca a covid-19.
Rui Jorge chamou o esquerdino Abdu Conté (Moreirense) e resgatou Filipe Soares para quatro dos cinco de treinos na Cidade do Futebol, em Oeiras, preparação inexistente antes da primeira fase, entre 24 e 31 de março, e que antecedeu o regresso a Ljubljana.
Na ronda eliminatória estarão 10 campeões europeus sub-17, precisamente os mesmos que estiveram na saída precoce de Portugal da fase de grupos do Mundial de sub-20, em 2019, tendo metade deles participado há quase três anos no título continental de sub-19.
Portugal arrebatou esse cetro em solo finlandês frente à Itália (4-3, após prolongamento), liderada pelos avançados Andrea Pinamonti e Gianluca Scamacca e o médio Davide Frattesi, todos potenciais titulares no jogo de segunda-feira, às 21:00 locais (20:00 em Lisboa).
O vencedor defrontará Espanha ou Croácia em 03 de junho, às 18:00 locais (17:00 em Lisboa), na cidade eslovena de Maribor, enquanto os embates entre Países Baixos e França e da Dinamarca com a Alemanha iniciarão a luta em território húngaro pela outra vaga na final, prevista para 06 de junho, às 21:00 locais (20:00 em Lisboa), no Estádio Stozice, em Ljubljana.
O Europeu de sub-21 tem decorrido entre Hungria e Eslovénia, num formato desfasado devido ao adiamento para este ano do Euro2020 por força da pandemia de covid-19.
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