“As casas de apostas dão vantagem a Portugal. São os favoritos claros, por isso não quero contrariar essa tendência. Ainda assim, se confirmarmos a evolução que demonstrámos nos últimos jogos, penso que, no geral, somos ainda mais fortes como equipa e venceremos”, considerou Stefan Kuntz, em videoconferência de imprensa.
A Alemanha, vencedora em 2009 e 2017 e vice-campeã em 1982 e 2019, defronta Portugal, finalista vencido em 1994 e 2015, no domingo, às 21:00 (20:00 em Lisboa), no Estádio Stozice, em Ljubljana, numa final com arbitragem do georgiano Giorgi Kruashvili.
“Temos um bom ‘feeling’. Precisámos de relaxar os atletas um bocado e tivemos de ser emocionais, mas também racionais na forma como lhes passámos a mensagem. Agora, depende sempre da forma como irão trabalhar a parte mental no dia. Se vencermos amanhã [domingo], partilho convosco o que fizemos para lhes aliviar a pressão”, contou.
Os germânicos vão disputar a terceira final consecutiva e a quarta nas últimas sete edições do Europeu de sub-21, tendo, sob orientação de Stefan Kuntz, celebrado o ‘bicampeonato’ em território polaco à custa da pentacampeã Espanha (1-0), em 2017, e perdido para o mesmo oponente o torneio decorrido em solo italiano (2-1), há dois anos.
“Vencer é mais divertido do que perder, mas as equipas são sempre diferentes e todas as finais têm circunstâncias distintas. Enquanto técnico, experimentei diferentes sensações nas duas últimas finais. Estar cá outra vez é uma situação completamente nova”, notou, elegendo “uma equipa coesa e a qualidade individual” como pontos fortes de Portugal.
Ao invés dos lusos, que competiram sempre na Eslovénia, a ‘mannschaft’ teve de viajar quase 380 quilómetros entre Budapeste e Ljubljana após o triunfo nas ‘meias’ sobre os Países Baixos (2-1), na quinta-feira, quando Portugal também afastou a Espanha (1-0).
“Podemos muito bem jogar com o mesmo ‘onze’, mas irei deixar um truque tático em aberto para mim. Portugal tem uma equipa equilibrada, tecnicamente muito forte e com jogadores para dominar o encontro. Com as suas qualidades foram construindo uma equipa muito tática e tecnicamente desenvolvida, que tentaremos quebrar”, apontou.
Stefan Kuntz tem todos os atletas à disposição, incluindo o defesa Ridle Baku, que assumiu o desejo de repetir os feitos das gerações alemãs de 2009, com Manuel Neuer, Jérôme Boateng, Mats Hummels ou Mesut Özil, e de 2017, liderada por Sèrge Gnabry.
“Focamos em nós, mas claro que vimos esses grandes jogadores a triunfar e queremos colocar o nome nessa lista. Se estás na final, também queres ganhá-la. É para isso que jogamos futebol. Darei tudo para sair de campo como vencedor e pôr a cereja no topo do bolo”, garantiu o lateral direito do Wolfsburgo, na mesma videoconferência de imprensa.
Sendo o único jogador da convocatória da Alemanha com internacionalizações pela seleção principal, Ridle Baku mostrou-se avisado dos perigos da equipa portuguesa, que venceu os três confrontos com a ‘mannschaft’ em fases finais de Europeus de sub-21.
“Não sabia disso, para ser honesto. Sei que têm uma boa equipa, boas performances até ao momento e a maioria dos seus jogadores alinha em grandes clubes, mas é tempo de quebrar essa estatística e temos qualidade e habilidade para tal. Não importa o que eles podem fazer, mas o que iremos mostrar em campo”, concluiu o defesa, de 23 anos.
A 23.ª edição do Campeonato da Europa de Sub-21 integra pela primeira vez 16 participantes e tem decorrido na Hungria e Eslovénia, num formato desfasado, devido ao adiamento para este ano do Euro2020, motivado pela pandemia de covid-19.
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