Cristiano Ronaldo chega à fase final na Alemanha, que se disputa entre 14 de junho e 14 de julho, como a grande figura da competição, com um currículo recheado de títulos, conquistas individuais e muitos recordes.

Ronaldo, de 39 anos, deu os primeiros passos na prova continental no Euro2004, que se realizou em Portugal, e vai agora para a sexta presença, com o Euro2016, que a seleção lusa conquistou em França, a ser um dos maiores marcos da carreira.

O então jovem Cristiano Ronaldo chegou ao Euro2004 como uma jovem promessa e começou a competição no banco de suplentes, mas o selecionador Luiz Filipe Scolari acabou por apostar no dianteiro e ‘CR7’ foi titular em várias partidas, entre elas a final frente à Grécia, que Portugal perdeu por 1-0.

Cerca de 12 anos depois, em 2016, Ronaldo voltou à final de um Europeu, em França, frente à seleção anfitriã, num dia agridoce para o internacional luso, que começou com lágrimas pela lesão sofrida ainda na primeira parte, e que o obrigou a sair, e acabou em alegria extrema, com a conquista do cetro, após um golo de Éder no prolongamento.

O ‘capitão’ da formação lusa, que deve estar na prova continental pela última vez na carreira, esteve também presente em 2008, quando Portugal foi eliminado nos quartos de final pela Alemanha, em 2012, afastado nas ‘meias’ pela Espanha, e no Euro2020, em que perdeu com a Bélgica nos oitavos de final.

Ronaldo, que durante cerca de duas décadas dividiu com o argentino Leo Messi o topo do futebol mundial, passou por uma fase complicada durante um outro grande evento, o Mundial2022, disputado no Qatar, quando foi relegado para o banco de suplentes.

Fernando Santos, selecionador luso que guiou Portugal à vitória no Euro2016, apostou em Gonçalo Ramos para a frente de ataque e ‘atirou’ Ronaldo para o banco, uma situação que também já tinha acontecido nesse ano no Manchester United, mas a troca de treinador na equipa das ‘quinas’ acabou por inverter a situação.

Depois do último Mundial, o espanhol Roberto Martínez foi o escolhido para o cargo e Ronaldo, então já ao serviço dos sauditas do Al Nassr, voltou a ocupar o lugar de ‘intocável’ no ataque luso, devolvendo a confiança com golos, tendo apontado 10 durante a fase de qualificação para o Euro2024.

Depois da formação no Sporting, Ronaldo saltou para a ribalta do futebol mundial na sua passagem pelo Manchester United e consolidou ainda mais o seu estatuto ao serviço dos espanhóis do Real Madrid.

Alinhou depois nos italianos da Juventus, regressou ao United, e está desde meio da época 2022/23 ao serviço dos sauditas do Al Nassr, naquela que é a primeira experiência fora do futebol europeu.

Do longo palmarés do internacional luso consta também a Liga das Nações, conquistada por Portugal na edição inaugural em 2019, para além de cinco Ligas dos Campeões, duas Supertaças Europeias e quatro Campeonatos do Mundo de clubes.

Ronaldo venceu ainda as Ligas espanhola (duas vezes), inglesa (três) e italiana (duas), taças e supertaças nos países onde jogou, para além de varias distinções a nível individual, entre elas a de melhor do mundo.

Em 2008 ganhou a Bola de Ouro, promovida pela revista France Football, e também o jogador do ano da FIFA. Em 2013 e 2014, Cristiano voltou a ser distinguido, numa altura em que o prémio era uma eleição conjunta entre a FIFA e o France Football, o que aconteceu entre 2010 e 2015.

Já em 2016 e 2017, Ronaldo ganhou a Bola de Ouro e também o The Best, que é promovido pela FIFA.

Cristiano Ronaldo é hoje um jogador diferente do extremo rápido e virtuoso dos primeiros anos de carreira, mas transformou-se num temível avançado, sendo sempre sinónimo de muitos golos e recordes, daquele que é o futebolista com mais presenças, jogos e golos em fases finais de Europeus.