Na conferência de antevisão ao jogo de terça-feira, no estádio Capital do Móvel, em Paços de Ferreira, Rui Jorge admitiu que “estava à espera de ter mais pontos” nesta altura, mas lembrou que “podia acontecer este equilíbrio” e que também já tinha antecipado que “seria difícil o apuramento”.
“Quanto mais nos aproximamos do final, tendo em conta que perdemos cinco pontos, estes jogos revestem-se de maior importância. Há menos espaço para recuperar. Não sendo decisivo por uma questão matemática, são pontos importantes se quisermos ir a uma fase final do Europeu”, disse Rui Jorge.
O técnico referiu sentir-se “mais confortável” por voltar a jogar em Portugal, após dois resultados menos conseguidos pelo combinado luso (derrota na Bósnia-Herzegovina por 3-1 e empate 1-1 na Roménia), e disse notar alguma evolução na equipa, sem esconder a existência de problemas.
“Temos tido um grave problema de consistência, para o nível que pretendemos”, sublinhou o selecionador, acusando “alguma intranquilidade” e reconhecendo que, “perante lances de perigo do adversário, existe alguma dificuldade em recuperar como equipa”.
Apesar desses percalços, Rui Jorge disse que o grupo está apostado em “deixar uma imagem de qualidade” e que vai procurar ser “suficientemente forte para conseguir a vitória” no jogo diante da Suíça.
“(A Suíça) É uma equipa ainda com algumas incógnitas. Estão na ficha dois jogadores que estiveram na equipa A, que não sabemos se vão jogar, e é uma equipa perigosa em ataque rápido, mas espero que consigamos dominar o jogo e proporcionar um bom espetáculo”, referiu.
Para o quarto encontro rumo ao Euro2019, cuja fase final será disputada em Itália e San Marino, Portugal não vai poder contar com Gonçalo Guedes e Ruben Neves, entretanto ‘promovidos’ à seleção principal, mas em nenhum momento Rui Jorge se queixou destas ausências.
O selecionador português disse estar “muito satisfeito” pela evolução dos seus jogadores, argumentando que esse salto para patamares superiores também é o trabalho da equipa técnica, recusando, por outro lado, a ideia de uma pressão maior, em função, sobretudo, dos trajetos anteriores quase imaculados.
“Falava-se primeiro da pressão das gerações anteriores, só com vitórias, agora é a pressão porque não ganhámos, mas a pressão é obrigatória em alta competição. Este é um espaço de afirmação, os jogadores terão de dar uma resposta, mas (a pressão) é uma coisa que me preocupa pouco”, concluiu.
Portugal defronta na terça-feira a Suíça, no estádio Capital do Móvel, em Paços de Ferreira, às 17:30, em encontro do grupo 8, do qual também fazem parte País de Gales, Roménia, Bósnia-Herzegovina e Liechtenstein.
A Roménia lidera o grupo com 11 pontos em cinco jogos disputados, seguindo-se Bósnia (nove pontos em cinco jogos), Suíça (7/5), País de Gales (6/4), Portugal (4/3) e Liechtenstein (0/4).
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