Depois de ter perdido, também fora de casa, com o Sporting logo no arranque do campeonato (32-26) e empatado em casa do Póvoa (19-19), o Benfica caiu agora diante do FC Porto numa partida em que a equipa cometeu erros fatais em momentos cruciais do encontro.

O equilíbrio marcou a primeira parte, mas sempre com o FC Porto na frente do marcador e o Benfica a correr atrás do prejuízo e a conseguir evitar atrasos superiores a três golos, o que lhe permitiu manter-se na luta pelo resultado até ao intervalo.

Nesse período, o FC Porto teve em Rui Silva, Pedro Oliveira e Diogo Rema as suas unidades mais em foco, com o primeiro a organizar e a marcar, o segundo a finalizar na ponta esquerda e o terceiro a revelar segurança na baliza.

No Benfica, Ole Rhamel começou bem, Belone Moreira mostrou-se consistente e Paulo Moreno, com dois golos apontados, foi mais eficaz como pivô do que Alexis Borges, que não teve arte e engenho suficientes para vencer a forte muralha defensiva do FC Porto.

O israelita Ioav Lumbroso bateu Diogo Rema mesmo sobre o apito final para o intervalo e o Benfica manteve-se na luta pelo resultado em grande parte do segundo tempo, sendo certo que FC Porto nunca perdeu a liderança do marcador.

Os portistas foram mais seguros nas suas ações, cometeram menos erros e não tiveram qualquer jogador excluído, enquanto o Benfica foi castigado com quatro exclusões temporárias.

Rui Silva continuou a exibir-se em plano elevado da segunda parte, tanto com iniciativas individuais como na organização ofensiva da sua equipa, e o FC Porto impôs também a sua maior potência física nos duelos individuais e raramente foi surpreendido em contra-ataque.

Três golos consecutivos colocaram o FC Porto a vencer por 24-20, mas o Benfica reagiu bem, reduziu para 24-22 e o resultado continuou, assim, em aberto.

A poucos minutos do fim, os encarnados voltaram mesmo a ficar a um golo dos portistas (32-31) graças a um livre de sete metros conquistado por Paulo Moreno e convertido pelo sérvio Petar Djordjic.

Ficaram aí, todavia, as esperanças do Benfica em conseguir um resultado positivo, pois a equipa precipitou-se em algumas decisões, perdeu várias bolas consecutivas no ataque e o FC Porto, implacável e pragmático nas suas ações coletivas, aproveitou para se distanciar e ganhar este jogo por 37-33.

Pedro Oliveira destacou-se no FC Porto pelos sete golos marcados, alguns fruto de uma técnica apurada na finalização, e o lateral esquerdo encarnado Petar Djordjic apontou também sete golos, a maioria deles de livre de metros.