O norte-americano respondeu a críticas lançadas pelo espanhol, que tinha garantido, numa entrevista, que a formação da Astana, na qual os dois eram colegas de equipa sob a direção do belga Johan Bruyneel, tinha favorecido Armstrong.
“Na prova, ganhou o melhor, e esse não fui eu”, atirou o antigo ciclista, agora com 48 anos, que se escusou a “recordar quem provocou esta ou aquela fricção no autocarro, ou quem teve rodas de contrarrelógio”.
Bruyneel também reagiu à polémica, dizendo que “não houve nenhuma conspiração” contra Contador nesse ano, e estranhou “que Alberto não tenha falado de nada disto antes”, depois de o espanhol acusar a equipa de o ter atacado, não o apoiando nas etapas decisivas em favor de Armstrong e até de não lhe comprar uma roda de contrarrelógio para o ‘crono’ final.
“Não quero atacá-lo, porque foi um grande campeão, e o melhor por etapas da sua geração na primeira metade da carreira, antes de se encontrar com Chris Froome. […] Queria ganhar o Tour, não queria perder por nossa culpa. Eu dirigia a Astana, não Contador nem Armstrong, e o Alberto era a nossa carta porque era o melhor ciclista”, garantiu o belga.
O diretor rejeitou ainda que tenha deixado ‘cair’ o espanhol na quarta etapa, em que perdeu 40 segundos para o grupo em que seguia Armstrong, e garantiu que a rivalidade se devia a gerir egos de “dois machos alfa”.
A vitória de 2009, para a qual contribuiu o português Sérgio Paulinho, um dos gregários na Astana, foi a última de duas na ‘Grande Boucle’ para Contador, depois de 2007. O madrileno venceu ainda a prova francesa na estrada em 2010, mas este triunfo foi posteriormente anulado por doping.
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