João Paulo Rebelo, que falou à imprensa à margem da apresentação do livro 'O futebol explicado no relvado', da autoria do antigo árbitro internacional português Duarte Gomes, reconheceu que esta decisão surge na sequência de uma abertura progressiva dos mesmos.
“É uma enorme alegria por ser um reconhecimento do trabalho de todos nós portugueses que combatemos, com sucesso, esta pandemia. É o corolário lógico do que foi o processo de redução da lotação dos estádios, até mesmo da fase sem público, para progressivamente termos vindo a acrescentar público e agora com 100% da lotação. O que não quer dizer que deixemos de ter um comportamento responsável, nomeadamente no uso de máscaras, que vai continuar a ser obrigatório, para além do certificado de vacinação”, afirmou.
Pedro Proença, presente também no lançamento da obra do antigo companheiro, relembrou o período de “travessia no deserto”, destacando os “mais de 200 milhões de euros de resultados operacionais negativos que penderam sobre as sociedades desportivas no último trimestre”.
“Era um dia que ansiávamos com grande expectativa. O trabalho que fizemos no último ano foi de uma grande pressão para que pudéssemos voltar à normalidade. Ainda não é na plenitude, porque há uma tipologia de restrição, mas estamos muitíssimo satisfeitos. Foi para isso que lutámos, com a própria Direção-Geral da Saúde, conseguimos chegar a um protocolo de retoma muitíssimo interessante. Na próxima semana, vamos voltar a ter os estádios cheios, que era esse o nosso objetivo. Esta indústria precisa de voltar à sua normalidade”, disse.
Os recintos desportivos vão deixar de ter restrições de lotação, de acordo com a norma da DGS hoje atualizada, que mantém a obrigatoriedade de certificado de vacinação contra a covid-19 e do uso de máscara.
“A ocupação dos lugares sentados pode ser em conformidade com a capacidade total licenciada do recinto”, lê-se na orientação sobre eventos desportivos em ambiente fechado e em ambiente aberto divulgado hoje pelas autoridades de saúde.
Depois de as competições terem sido retomadas sem público, os recintos desportivos passaram a poder acolher um terço da capacidade em 14 de junho e metade em 26 de agosto – data da última atualização da orientação da DGS 009/2021.
Já em relação ao cartão de adepto, João Paulo Rebelo apontou o dedo aos críticos, salientando que é precisamente para combater comportamentos marginais nos recintos desportivos que este foi criado.
“Todas as observações negativas e destrutivas em relação ao cartão do adepto vêm de uma minoria que não lhes interessa esta implementação porque o cartão está, justamente, a combater esse tipo de comportamento no desporto. A maioria dos portugueses concorda com a medida, porque sabe que visa combater os tais fatores criminosos, para erradicar os maus comportamentos, para afastar as pessoas que não têm de lá estar. Tenho a certeza absoluta que daqui umas semanas não falaremos disso”, garantiu, admitindo a possibilidade de alguns ajustes nos critérios do cartão.
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