Em comunicado, a LPFP explica que os dois organismos se reuniram “à margem da Assembleia-Geral da Federação Portuguesa de Futebol (FPF)” e que os árbitros decidiram retirar “o pré-aviso de greve”.
“Os árbitros aceitaram e foram sensíveis ao pedido da Liga em retirar o pré-aviso de greve”, referiu o presidente da APAF, Luciano Gonçalves, que se congratulou pela posição da Liga, que “deu finalmente um sinal de que está com os árbitros e que não está de acordo com os métodos de comunicação que alguns clubes têm vindo a utilizar”.
Em 23 de outubro, a APAF tinha anunciado a indisponibilidade de os juízes do principal escalão dirigirem jogos da Taça da Liga nos meses de novembro e dezembro, devido à contestação ao setor.
Em comunicado emitido na altura, a estrutura representativa dos árbitros tinha considerado que não existiam condições para continuar a arbitrar, atendendo a que o clima no futebol português se tem degradado cada vez mais nos últimos tempos.
Luciano Gonçalves, citado hoje no comunicado da LPFP, refere que os juízes pretendem deixar “um aviso ao presidente da Liga”, o ex-árbitro Pedro Proença, quanto a uma eventual repetição das situações que levaram à possibilidade de ‘greve’.
“Se voltarem a pôr em causa a honorabilidade dos árbitros, por parte de clubes e das suas máquinas de comunicação, iremos ser implacáveis e vamos fazer uma paragem nos campeonatos”, frisou.
O líder da Liga mostrou-se “muito satisfeito com o entendimento e compreensão mútuos” e explicou que o organismo vai continuar a trabalhar com a APAF para “criar melhores condições para o desempenho da função dos árbitros em Portugal”.
“Também nós reconhecemos, a determinada altura, e nas posições que temos tido com a APAF, que, aqui e acolá, o ambiente não tem sido o mais favorável em relação às equipas de arbitragem”, acrescentou, citado no mesmo comunicado.
A reunião entre os dois organismos decorreu na Cidade do Futebol, em Oeiras, e o presidente da LPFP destacou a “colaboração da federação” para que imperasse “o bom senso”, assente em “princípio de confiança e trabalho tripartido” entre os três órgãos para criar condições “que retirem alguma tensão e instabilidade que ainda vai acontecendo”.
Segundo Proença, a Liga vai continuar a trabalhar “para que as equipas de arbitragem possam desempenhar o seu trabalho da melhor forma, e que as performances sejam as melhores possíveis”.
Luciano Gonçalves destacou as “declarações do presidente da federação (Fernando Gomes) e do presidente da Liga” e disse acreditar que “com a boa vontade dos clubes possam estar criadas boas condições em torno do futebol e dos árbitros”.
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