A jogadora dos mexicanos do Pachuca, de 33 anos, não fará declarações sobre o beijo recebido do presidente da RFEF, na comemoração do título em Sydney, Austrália, pelo que delegou no sindicato (FUTPRO) e na sua agência, TMJ, a defesa dos seus interesses.
Apesar de terem sido publicadas declarações pela RFEF de Hermoso a desvalorizar a situação ocorrida no domingo, hoje foi tomada uma posição por quem defende a jogadora, através de um comunicado.
“Estamos a trabalhar para que atos como os que vimos nunca fiquem impunes, sejam sancionados e sejam adotadas as medidas pertinentes para proteger os jogadores de futebol de ações que consideramos inaceitáveis”, pode ler-se na nota divulgada pelo sindicato.
A FUTPRO apela à RFEF que “implemente os protocolos necessários, que zele pelos direitos das jogadoras e adote medidas exemplares”.
“É essencial que a nossa seleção seja representada por figuras que representem os seus valores de igualdade e respeito em todos os âmbitos. É necessário avançar na luta pela igualdade, uma luta que as nossas jogadoras lideraram com determinação, levando-nos à posição em que nos encontramos hoje", acrescentou.
Por fim, dirigiu-se ao Conselho Superior do Desporto (CSD) para que este “apoie e promova ativamente a prevenção e intervenção contra o assédio ou abuso sexual, o machismo e o sexismo”.
Também hoje a Liga Profissional de Futebol Feminino (Liga F), através de um comunicado, apresentou uma denúncia ao CSD, solicitando a inabilitação de Luis Rubiales, pelo "sujo e constrangedor comportamento".
“A Liga F apresentou queixa ao presidente do Conselho Superior do Desporto pelos gravíssimos atos e condutas praticadas pelo presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales, no âmbito da final do Mundial feminino, solicitando a sua desqualificação", escreveu o organismo.
Por sua vez, o vice-presidente da RFEF Rafa del Amo descreveu como “complicado” o momento que se vive em consequência da polémica que surgiu a partir do beijo de Luis Rubiales a Jenni Hermoso, durante a cerimónia de entrega das medalhas às campeãs mundiais.
“Não estou com vontade de falar sobre a situação. Prefiro não falar sobre isso. Não me coloquem neste jardim, porque acho que não é dia de falar sobre isso. O presidente disse o que tinha a dizer. Vamos deixar o tempo passar e na sexta-feira temos assembleia. Vamos comemorar por sermos campeões mundiais”, expressou del Amo, à comunicação social.
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