João Loureiro falava na cerimónia comemorativa dos 114 anos do Boavista e, por mais do que uma vez, aludiu aos problemas com que o clube ainda se debate três anos depois de ter voltado à I Liga, sobretudo relacionados com os encargos associados às suas dívidas ao Fisco e à Segurança Social e a outros credores.
O dirigente manifestou-se convicto de que o Boavista conseguirá voltar aos seus tempos áureos, cujo ponto mais alto foi a conquista do título nacional da época 2000/01.
"Para lá chegarmos, tudo terá de ter o seu tempo. Teremos de fazer as coisas de forma ambiciosa, mas comedida", reafirmou.
O Boavista parte para a temporada 2017/18 com uma equipa B, que disputará a Divisão de Elite da Associação de Futebol do Porto, iniciou os trabalhos para a instalação de um campo de treinos em relva natural junto ao Estádio do Bessa, avançou com obras de remodelação da sua academia e, a curto prazo, terá "uma provedoria" para os sócios.
O novo campo de treinos é uma boa notícia para a equipa profissional, que nas épocas anteriores teve de procurar outros campos, por vezes fora do Porto, para poder treinar regularmente. Este problema, aliás, já havia sido identificado e salientado pelo atual técnico, Miguel Leal.
"Este ainda não é o Boavista que eu ambiciono. Lá chegaremos, mas é um Boavista um pouco melhor daquele que foi há uns tempos atrás. Basta pensar que há três anos estávamos no Campeonato Nacional de Seniores", equivalente à terceira divisão nacional, referiu João Loureiro.
O dirigente referiu que o Boavista está a recuperar terreno a um ritmo adequado à sua situação financeira, ainda periclitante. "Acho que até temos andado razoavelmente rápido para aquilo que são as nossas atuais possibilidades", resumiu, reafirmando também que tudo seria mais fácil com um parceiro.
A cerimónia comemorativa dos 114 anos do Boavista começou com o hastear das bandeiras do clube e de Portugal na praça anexa ao Estádio do Bessa, momento esse que foi acompanhado por algumas dezenas de adeptos e sócios.
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