Em causa está o terceiro resultado positivo consecutivo nos relatórios e contas da LPFP, desde a época de 2015/16, quando Pedro Proença assumiu o organismo, e que desta vez atingiu a fasquia de 2,17 milhões de euros de lucro.
Esta verba, a somar aos resultados positivos das temporadas anteriores, que também rondaram os dois milhões por ano, faz com que a direção da LPFP acredite que conseguirá ‘limpar’ todo o passivo da instituição, até à próxima temporada.
“É um virar de página histórico, porque depois de anos de resultados negativos, esta direção conseguiu compensar com três anos de resultados positivos, fazendo com que o passivo que se registava em 2015 possa estar completamente terminado”, analisou Sónia Carneiro.
A diretora executiva da LPFP lembrou que “há muito tempo que Liga não conhecia o que era lucro”, mas alertou que “o rigor terá de continuar para que não se volte a outros tempos em que se gastava mais do que era possível”.
“Esta aprovação de contas marca, em definitivo, a maturidade da Liga Portugal, a partir de agora não falaremos mais em sustentabilidade, mas sim de desenvolvimento, com todos os projetos que já estão aprovados”, completou Sónia Carneiro.
Mário Costa, presidente da assembleia geral da LPFP, lembrou, ainda, que “no final deste ano estima-se que 86% da dívida que foi assumida pela atual direção esteja liquidada”, considerando que “a Liga atingiu a sua maturidade em termos de sustentabilidade económico-financeira”.
Além da aprovação do relatório e contas da época 2017/18, numa assembleia geral ordinária, que decorreu na sede do organismo, no Porto, os clubes reuniram, logo de seguida, numa assembleia geral extraordinária, na qual foi aprovada uma recomendação da direção para a distribuição do saldo positivo das contas das competições profissionais, a partir do exercício de 2018/19.
A proposta referiu, ainda, que essa ‘distribuição de lucros’, priorizasse os clubes que ajudaram a suportar as dificuldades financeiras da LPFP, anteriores a 2015.
O ponto mereceu a aprovação de 26 sociedades desportivas, mas contou com uma abstenção e dois votos contra.
Ainda assim, tratando-se apenas de uma recomendação, o assunto terá nova votação, no arranque da próxima temporada, caso se verifiquem os pressupostos financeiros que permitam a distribuição desse saldo positivo.
A diretora executiva da Liga, Sónia Carneiro, lembrou que os estatutos do organismo já preveem essa distribuição dos dividendos, pelo critério da performance desportiva, mas que a recomendação aprovada tem “consideração pelas sociedades desportivas que ajudaram a Liga a chegar a este ponto”.
Na reunião magna desta tarde, só não estiveram representantes do Santa Clara, da I Liga, e Cova da Piedade, Mafra e Sporting da Covilhã, da II Liga.
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