Em 2009, Ronald "The Black Mamba" Dlamini, tornou-se no primeiro campeão negro de Artes Marciais Mistas na história da África do Sul, na categoria de peso médio. Estava no topo do seu desporto, numa promotora respeitável — no seu país. Até que, três anos depois, a vida traçou-lhe um desafio no qual evidenciou a sua verdadeira natureza de campeão: após ter-lhe sido diagnosticado uma meningite, ficou completamente cego. Podia desistir ou baixar os braços, mas não. É um lutador no seu todo. E um daqueles que não desiste. Quer do desporto, quer da vida — que pretende continuar a passar dentro do octógono para ajudar os outros.
"Senti uma forte dor de cabeça e sentia-me muito doente. Rapidamente fui para o hospital. Quando acordei, apercebi-me que estava completamente cego. É algo que foi muito difícil para mim, mas nunca desisti por causa da minha cegueira", conta Dlamini.
Esteve num coma induzido durante dez dias sob a supervisão de uma equipa de médicos devido à meningite. Como consequência, a sua "vida mudou em 2012". E o britânico The Guardian fez um documentário a explicar em quê.
Apesar deste enorme e inesperado obstáculo, "The Black Mamba" continuou focado e a treinar MMA. Mais tarde, ao se deparar com situações semelhantes à sua, desenvolveu um regime de treino específico para aqueles que não conseguem ver.
"Como me comecei a encontrar com outras pessoas cegas, elas contaram-me que eram frequentemente vítimas de roubo ou de violação. Foi aí que me apercebi que tinha um novo objetivo na vida: ensinar outros deficientes invisuais a reagir. Elaborei um curso de auto-defesa para eles baseado em MMA. E quero passar a mensagem a todas as pessoas cegas em todo o mundo. O MMA é o desporto perfeito para elas", conta o sul-africano.
No final do vídeo, explicou que todos os "grandes campeões foram nocauteados nas suas vidas" e que só descobrimos do que "somos capazes quando os nossos limites são testados".
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