Jorge, irmão de Carlos Bilardo, explicou em declarações à comunicação social local que a decisão foi tomada para proteger o antigo selecionador, que levou a Argentina à conquista do título mundial de 1986 - no qual Maradona foi a estrela -, que sofre de uma doença degenerativa.

“Para o Carlos, o Diego era o filho que ele nunca teve, ele levou-o para muitos sítios onde trabalhou, saber da sua morte ia fazer-lhe muito mal”, referiu Jorge, admitindo não saber como vai manter a mentira sobre o problema na televisão.

Bilardo, de 82 anos, trabalhou com Maradona, que faleceu na quarta-feira, aos 60 anos, na seleção da Argentina, no Sevilha e no Boca Juniors.

Durante o período em que Maradona foi selecionador da Argentina, Bilardo era diretor da federação de futebol daquele país sul-americano.

Alejandro Sabella não teve a mesma sorte. De acordo com a família do técnico, de 66 anos, Sabella foi transportado na quarta-feira para o Instituto Cardiovasvular, na capital argentina, por ter problemas cardíacos, tendo ficado internado para fazer um “check-up completo”.

“Ele ficou muito afetado com a morte de Maradona. Em princípio, terá alta ainda hoje”, disseram os familiares de Sabella, em declarações à agência noticiosa espanhola EFE.

Além de ter se ter tornado vice-campeão mundial em 2014, no Brasil, em que a Argentina foi derrotada na final pela Alemanha (1-0), Alejandro Sabella conquistou uma Taça Libertadores em 2009 e um campeonato argentino em 2010, ambos com o Estudiantes de la Plata.

A final do Mundial2014 foi o último jogo de Sabella, que se afastou do futebol devido a problemas de saúde.

Maradona, considerado um dos melhores futebolistas da história, morreu na quarta-feira, aos 60 anos, anunciou o agente e amigo Matías Morla.

Segundo a imprensa argentina, Maradona, que treinava os argentinos do Gimnasia de La Plata, sofreu uma paragem cardíaca na sua vivenda em Tigre, na província de Buenos Aires.

A sua carreira de futebolista, de 1976 a 1997, ficou marcada pela conquista, pela Argentina, do Mundial de 1986, no México, e os dois títulos italianos e a Taça UEFA vencidos ao serviço dos italianos do Nápoles.

O Presidente argentino, Alberto Fernández, decretou três dias de luto nacional pela morte de Maradona.