Évora, o campeão olímpico do triplo salto em Pequim2008, em entrevista à rádio Observador, disse que Pichardo, ouro na mesma disciplina em Tóquio2020 e português de origem cubana, tinha sido “comprado”, colocando a rapidez no seu processo de naturalização (poucos meses), em contraponto com outros casos, como o seu.
“Apesar de mal interpretado, aquilo que quis frisar com a questão das nacionalidades é que todos os atletas, nas mesmas circunstâncias, merecem as mesmas oportunidades de igualdade para representar Portugal”, refere Nélson Évora, na publicação que divulgou no Instagram.
O antigo campeão olímpico e ex-recordista nacional avança que conhece vários casos de espera mais longa: “Tenho vários amigos numa situação de espera de nacionalidade, pelo que o foco é para que não se esqueçam dos outros atletas que honrosamente possam e queiram representar Portugal”.
“Apelei à necessidade de uma política de desenvolvimento das modalidades e do atletismo em Portugal, sublinhando a importância da formação e de cultura desportiva escolar para contribuir para o sucesso do desporto em Portugal”, escreve ainda Nelson Évora, que não pouca críticas à comunicação social – “respeito o trabalho da comunicação social, mas não deixo de ficar triste por, numa entrevista sobre a minha carreira, terem dado ênfase a uma pequena parte, não respeitando a mensagem no seu todo”.
Sobre Pedro Pichardo, escreve Évora: “Fiz questão de parabenizar o trabalho do atleta Pablo Pichardo e foquei a importância de haver sucessores no atletismo. Fui sempre transparente no reconhecimento do trabalho de Pablo Pichardo”.
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