Numa altura em que o crescimento da aposta de futebol na China apanhou alguns dos maiores craques a atuar nos campeonatos europeus, Lin Xiaohua, vice-presidente da Federação Chinesa de Futebol, veio às Football Talks, no Centro de Congressos do Estoril, explicar o plano para os próximos anos. Era difícil prever algo tão ambicioso: a adoção do fair-play financeiro e ainda a criação do desenvolvimento do futebol jovem, com 70.000 relvados, 20.000 escolas de futebol e cerca de cinco milhões de jogadores federados.
É um plano de evolução de médio a longo prazo para a China, baseado em traços de autonomia, democracia e transparência. O objetivo é aumentar a credibilidade e responsabilidade no futebol, revelou Lin, no palco .
"Estamos a tentar manter a calma para tentar atingir um desenvolvimento constante e sustentável do futebol chinês. Muitos dos clubes profissionais chineses não têm mais de 20 anos e o profissionalismo é relativamente recente na China", justificou.
No entanto, o dirigente diz que ainda há muito a percorrer, relembrando que a liga chinesa tem apenas 23 anos de existência. "Atualmente temos uma Superliga com 16 clubes, uma segunda divisão com mais 16, e uma terceira com 24 clubes". Às ligas profissionais somam-se cerca de 2000 clubes amadores.
No que ao desenvolvimento técnico diz respeito, o vice-presidente chinês também traçou metas para treinadores (70 mil) e árbitros (30 mil), mostrando-se, por outro lado, "agradado com a transmissão de jogos da Superliga para 96 países do Mundo", nomeadamente "países de elite na Europa".
A conferência da Federação Portuguesa de Futebol, as Football Talks 2017, decorrem até ao dia 24 de março no Centro de Congressos do Estoril. Veja o acompanhamento diário do SAPO 24 aqui.
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