Decisivo no tricampeonato da Liga dos Campeões pelo Real Madrid e líder da Croácia na sua caminhada no Campeonato do Mundo, Luka Modric era o favorito para vencer a Bola de Ouro.
Modric já tinha conquistado os prémios de melhor jogador do Campeonato do Mundo de 2018, The Best 2018 da FIFA e de melhor jogador da temporada para a UEFA. No troféu concedido pela revista France Football, 180 jornalistas de todo o mundo votaram entre os dias 9 de outubro e 9 de novembro.
Realizada em Paris, a gala da Bola de Ouro começou oficialmente às 20h00. Todavia, a France Football tinha começado a revelar já durante esta tarde os nomes dos jogadores que reuniram menos votos, dos 30 finalistas. E foi também durante esse período que o jornal espanhol a Marca divulgou uma lista que foi parar à Internet, que ditava que Modric tinha ficado à frente do português Cristiano Ronaldo.
Depois de dez edições - entre 2010 e 2015, o prémio era atribuído em conjunto pela France Football e pela FIFA - em que Ronaldo e o argentino Lionel Messi dividiram os galardões, Modric interrompeu o monopólio dos dois.
Cristiano Ronaldo terminou na segunda posição, seguido do francês Antoine Griezmann (Atlético de Madrid).
"Ano de todos os meus sonhos"
"Em crianças todos temos sonhos e o meu era jogar por um grande clube. A Bola de Ouro era mais do que um sonho para mim. É uma honra receber este prémio esta noite", referiu, após receber o galardão.
O médio do Real Madrid considerou que "é um sentimento único" ser premiado como melhor jogador do mundo.
"Estou feliz, orgulhoso e honrado. Tenho sensações incríveis neste momento, que são difíceis de expressar em palavras. Permitam-me agradecer a todos os que me ajudaram a chegar aqui esta noite", referiu.
O futeblista croata, de 33 anos, assumiu que ainda está a "tentar perceber" como conseguiu "tornar-se parte do grupo excecional de jogadores que venceram a Bola de Ouro ao longo da história".
"2018 é o ano de todos os meus sonhos", resumiu Modric.
Outros vencedores
O francês Kylian Mbappé venceu o primeiro Prémio Kopa, que premeia o melhor jogador sub-21 e que foi eleito por 33 antigos vencedores da Bola de Ouro.
O jovem jogador, que, em 20 de dezembro, cumpre 20 anos, venceu a liga francesa ao serviço do Paris Saint-Germain e foi peça importante na conquista do Mundial2018 pela França.
O pódio do Prémio Kopa ficou completo com o norte-americano Christian Pulisic (Borussia Dortmund) e com o holandês Justin Kluivert (Roma).
Também pela primeira vez foi entregue a Bola de Ouro feminina, ganha pela norueguesa Ada Hegerberg, que, ao serviço do Lyon, venceu a Liga dos Campeões, na qual foi a melhor marcadora.
Hegerberg levou a melhor sobre a dinamarquesa Pernille Harder (Wolfsburgo) e sobre a alemã Dzsenifer Maroszan (Lyon), com a brasileira Marta (Orlando), que recebeu o prémio de melhor jogadora da FIFA, a ser quarta.
De recordar que a natureza dos maiores prémios individuais no futebol tem sofrido alterações na última década. Até 2010, a France Football e a FIFA mantinham prémios em separado, o "Ballon d'Or" (Bola de Ouro) e o prémio de Melhor Jogador do Ano, respetivamente. Dessa data até 2015, mantiveram uma parceria em que fundiram os dois prémios no FIFA Ballon d'Or. Findada a colaboração, a Bola de Ouro voltou para a France Football mas a FIFA não retomou o Melhor Jogador do Ano; ao invés, criou de raiz o The Best, com a mesma finalidade.
Notícia atualizada às 21:55
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