LUCA BUCCI

Dizem que a felicidade de uns é a tristeza de outros. Quando Buffon apareceu de forma fulgurante na baliza do Parma, com apenas 17 anos, fez desaparecer da titularidade Luca Bucci, ele próprio numa fase ascendente da carreira. Bucci havia acumulado chamadas regulares à seleção italiana em meados da década de 1990, mas viu-se forçado a deixar o Parma, emblema que voltaria a representar entre 2005 e 2008. No período pós-Buffon, a nota de destaque vai para a sua estadia no Torino, onde conquistou a subida à Serie A em 2000/01.

Palermo vs Parma. David Di Michele marca golo ao guarda-redes do Parma Luca Bucci (2007)
créditos: EPA/MIKE PALAZZOTTO

ALESSANDRO NISTA

Uma vogal trocada no apelido separa-o de um dos grandes defesas da história do futebol italiano. Nomes à parte, esperava-se muito de Nista aquando das suas performances nas camadas jovens da squadra azurra. Nunca confirmou as expectativas, acabando por protagonizar uma carreira pouco exuberante. Contratado ao Ancona em 1995 para ser o substituto de Buffon, cumpriu essa missão com êxito, e manteve-se no banco de suplentes do Parma durante quatro temporadas.

MATTEO GUARDALBEN

Chegou um par de anos depois de Nista, fruto de um despontar feliz ao serviço do Verona, mas o seu papel não era muito diferente. Reserva até à saída de Buffon para a Juventus, Guardalben encontrou os minutos que queria entre vários clubes italianos, e voltou a chamar a atenção no decurso das suas passagens pelo Piacenza e pelo Palermo.

Matteo Guardalben, guarda-redes do Parma, e Alessandro Del Piero, da Juventus, disputam a bola (2006)
créditos: EPA/ANTONIO SCALISE

FABIÁN CARINI

O internacional uruguaio foi o primeiro suplente de Buffon na Juventus, em 2001, e pouco ou nada se viu dele nos relvados ao longo dos três anos na Vecchia Signora. Para Carini seguiram-se várias experiências infelizes pela Europa (à exceção do Standard Liége), que o levaram a retornar à América do Sul em 2009, mais exactamente para o Atlético Mineiro. Nunca mais voltou a atravessar o Oceano Atlântico para jogar futebol profissional.

ANTONIO CHIMENTI

Quando Chimenti assinou pela Juventus em 2002, já era um valor confirmado nos relvados italianos, e parecia o homem certo para render Buffon se necessário. Assim foi durante quatro épocas, até rumar ao Cagliari. Acabaria por voltar à Juventus em 2008, para ser novamente o suplente de Buffon.

Cagliari vs Palermo. Paul Costantin Godeas disputa a bola com Francesco Bega e o guarda-redes Antonio Chimenti (2006)
créditos: EPA/MARIO ROSAS

LANDRY BONNEFOI

O guardião francês que atualmente representa o Estrasburgo integrou o plantel da Juventus entre 2001 e 2007, sem nunca representar o clube italiano em jogos oficiais. Regressou ao seu país, onde representou vários emblemas de menor dimensão.

CHRISTIAN ABBIATI

Uma lesão grave no ombro de Buffon na pré-época de 2015/16, obrigou a Juventus a encontrar uma solução imediata. Recorreram ao empréstimo de Abbiati, suplente de Dida na altura, no AC Milan. O internacional italiano foi titular nos primeiros meses, mas acabaria por ser progressivamente rendido por Buffon, à medida que este recuperava da lesão. Acabaria por regressar ao AC Milan, onde se tornou o guarda-redes com mais jogos da história do clube.

Christian Abbiati (2016)
créditos: EPA/DANIELE MASCOLO

ANTONIO MIRANTE

Guarda-redes do Bolonha, detém uma carreira bastante respeitável no futebol italiano. Começou profissionalmente em 2004, na qualidade de alternativa a Buffon, mas bem cedo procurou minutos noutras paragens, acabando por se desvincular do clube em 2007, na ressaca de um par de empréstimos.

EMANUELE BELARDI

Nos períodos em que Mirante estava fora da Juventus por empréstimo, Belardi ascendia diretamente ao estatuto de segunda escolha para a baliza. Perfez um total de cinco partidas entre 2006 e 2008, a acumulou experiências pouco compensatórias. Representa atualmente o Reggina emblema que o formou, e onde se destacou no início da sua vida futebolística.

Mohamed Zidan num frente-a-frente com o guarda-redes Emanuele Belardi, da Juventus (2007)
créditos: EPA/Maurizio Gambarini

ALEX MANNINGER

Evidenciou-se inicialmente em finais da década de 1990, ao cobrir uma lesão de David Seaman, durante a caminhada que levou o Arsenal ao título da Premier League. Voltou a ser chamado em 2008, desta feita para substituir um Buffon lesionado. Apesar do bom trabalho, retornou naturalmente ao banco de suplentes, e poucos anos de pois virou terceira opção na Juventus. O internacional austríaco retirou-se no verão passado, e o seu último clube foi o Liverpool.

MARCO STORARI

Com 41 anos, Storari ainda integra os quadros do AC Milan. Na Juventus, relegou Alex Manninger para a terceira opção, e beneficiou de nova lesão de Buffon para contabilizar vários jogos em 2010/11. Como acontece sempre, sentou-se no banco de suplentes assim que Buffon recuperou completamente. Ficou alguns anos, até rumar ao Cagliari, e finalmente, ao AC Milan.

Marco Storari (2017)
créditos: EPA/GEORGI LICOVSKI

NETO

Saltou do Atlético Paranaense para a Fiorentina em 2011, e destacou-se o suficiente para chamar a atenção da Juventus, que o contratou em 2015/16. Atuou regularmente na Taça de Itália, mas bem cedo se percebeu que tinha qualidade para merecer mais minutos. Na impossibilidade de substituir Buffon a tempo inteiro, o guardião brasileiro transferiu-se no último defeso para o Valência, onde assume o estatuto de nº1.

WOJCIECH SZCZĘSNY

O último suplente. Tudo indica que o internacional polaco será o sucessor de Buffon na Juventus. Um rótulo pesadíssimo, com o qual Szczęsny terá de aprender a lidar rapidamente. A presente temporada tem sido uma autêntica passagem de testemunho, com o aspirante a defender a baliza em mais de uma dezena de partidas, quase sempre em grande nível.

Juventus FC vs AS Roma.  Wojciech Szczesny defende remate de Cengiz Under (2017)
créditos: EPA/ALESSANDRO DI MARCO

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