“Foi uma semana na qual refletimos e conversamos sobre aquilo que se pode melhorar, pois temos de estar sempre a reajustar no plano defensivo e a mudar muitos jogadores. Tem sido difícil, já que destapamos de um lado para cobrirmos do outro. Numa equipa, a defesa é essencial para nos dar suporte. Amanhã [domingo] vai ser mais um caso disso. Sabemos dessa fase menos boa em que estamos, mas teremos de nos saber levantar, unirmo-nos e ir à procura da felicidade”, indicou o técnico, em conferência de imprensa.

Depois de terem somado 13 pontos nas cinco rondas iniciais, as ‘panteras’ acumularam apenas mais dois nas sete jornadas seguintes e ‘caíram’ do topo para o meio da tabela, tendo averbado a quarta derrota seguida na receção ao lanterna-vermelha Arouca (0-4).

“Temos uma base de atletas que já vinham da época passada e esse foi o nosso suporte naquele início de temporada. Depois, começou a haver lesões e castigos, mas temos de arranjar soluções, voltar às vitórias e trabalhar. Por vezes, não jogar tão bem, mas jogar para os três pontos, que é o mais importante”, avaliou Petit, que nunca tinha perdido tão expressivamente em casa nas suas duas passagens pelo comando do clube do Bessa.

O Boavista tornou a ceder frente ao Arouca, que, há duas semanas, já tinha afastado os ‘axadrezados’ da quarta eliminatória da Taça de Portugal, numa altura em que lida com sete lesionados, enquanto Tiago Morais, expulso na última partida, cumprirá suspensão.

“Por tradição, [a Reboleira] é um campo difícil. O Estrela da Amadora disputa bastante os seus jogos em casa e mostra qualidade, apesar de ter alguns lesionados e de vir de uma série menos positiva. Vamos defrontar um opositor complicado e trabalhámos em função do seu habitual ‘onze’ ou dinâmica. Ou seja, com um trio de centrais, duas unidades bem abertas nos corredores, dois médios e os três da frente. Não variam muito”, caracterizou.

Luís Pires e Chidozie juntaram-se a César, Rodrigo Abascal, Vincent Sasso, Júlio Dabó, Miguel Reisinho e Luís Santos no boletim clínico, deixando Petit com apenas dois nomes para a baliza e na iminência de não ter defesas centrais de raiz disponíveis na Amadora.

“Claro que me preocupa [a passagem de quatro para duas alternativas na baliza]. É uma posição específica, na qual temos de rezar para que não haja nenhuma lesão. Contamos com ambos. O João [Gonçalves] está a fazer a sua primeira temporada [como titular] e é normal que possa fazer ou outro erro, mas tem sabido evoluir. Já o Tomé [Sousa] tem 16 anos e esperamos muito dele no futuro. Quando há uma lesão, nunca é bom”, observou.

As lesões acumularam-se a partir da última vitória no campeonato, alcançada na receção ao então último colocado Desportivo de Chaves (4-1), em 18 de setembro, para a quinta ronda, conduzindo à adaptação de jogadores na defesa por nove vezes em 12 jornadas.

“É claro que nunca é fácil trabalhar sobre ciclos negativos, mas temos de saber reagir. Já sabíamos desde o início que íamos para um campeonato longo e precisávamos de ter a felicidade de ninguém se lesionar, mas temos tido elementos fulcrais lesionados. Há que minimizar erros individuais, que nos têm causado algumas derrotas. Quando não se está bem, esses erros ainda se tornam mais evidentes”, concluiu Petit, numa época marcada também por ordenados em atraso e um impedimento de inscrição de novos futebolistas.

O Boavista, nono colocado, com 15 pontos, cinco face à zona de descida, visita o Estrela da Amadora, 12.º, com 12, no domingo, às 15h30, no Estádio José Gomes, em duelo da 13.ª jornada da I Liga, que terá arbitragem de Iancu Vasilica, da associação de Vila Real.