O dirigente mostrou-se inconformado com a decisão tomada hoje pelos clubes, na assembleia geral da Liga Portuguesa de Futebol Profissional [LPFP], em não admitir uma proposta visando a retroatividade na alteração dos regulamentos, que impõe que, a partir de agora, um jogo só se possa realizar quando uma das equipas tiver um mínimo de 13 jogadores disponíveis.
Nessa partida frente às ‘águias’, em 27 de novembro, o Belenenses SAD, devido a um surto de covid-19 no plantel, apresentou-se apenas com nove elementos, tendo o desafio terminado no início da segunda parte, quando Benfica já vencia por 7-0.
“Tudo fizemos para que esse jogo não se realizasse. Fomos obrigados a jogar senão tínhamos falta de comparência. Em todas as instâncias temos lutado para que jogo não seja homologado e seja repetido. A assembleia geral [da LPFP] entendeu que a nossa proposta, pelo efeito de retroatividade, podia ser ilegal, mas apresentámos um parecer que contraria essa ideia”, disse Rui Pedro Soares.
O líder da Belenenses SAD lamentou que “esta tenha sido a primeira vez em 10 anos de dirigente que uma proposta colocada à assembleia não seja admitida à votação”, considerando que “é mais uma excecionalidade de todo este processo”.
“Já no passado estivemos sozinhos em alguns combates na Liga de Clubes, mas que mais tarde nos virem a dar razão. Tudo fizemos, e tudo vamos fazer, para que o jogo seja repetido. O que os clubes votaram hoje foi que a proposta retroatividade podia ser ilegal, mas pode haver outras instâncias que não o considerem”, completou Rui Pedro Soares.
O líder da sociedade desportivo lisboeta considerou ainda que é “surpreendente que uma situação que afetou a imagem do futebol português de forma tão dura” não possa ser votada, entendendo ser “ilegal que na mesma competição desportiva haja regulamentos diferentes aplicados a casos diferentes”.
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