A polícia espanhola prendeu hoje de manhã, entre outras pessoas, o presidente da Federação Espanhola de Futebol (FEF), Ángel María Villar, numa operação de luta contra a corrupção, segundo noticia a imprensa espanhola.
As forças especiais da Guardia Civil (UCO) responsáveis pela investigação e persecução das formas mais graves de delinquência e do crime organizado desconfiam que María Villar, que preside o futebol espanhol há 29 anos, e o seu filho, Gorka Villar, realizaram operações em proveito próprio e em prejuízo dos cofres da FEF.
As primeiras suspeitas, segundo o El País, apontam para o facto de Villar ter utilizado, arbitrariamente, dinheiro dos cofres da federação para conseguir o apoio incondicional de vários dirigentes, com vista a garantir a sua reeleição como presidente-executivo do futebol espanhol. Algo que aconteceu no passado mês de maio, altura em que Maria Villar renovou o seu mandato pela oitava vez consecutiva.
De acordo com a imprensa, o presidente da FEF e outros dirigentes da instituição, entre eles Juan Padrón, vice-presidente com o pelouro dos assuntos financeiros, também teriam cometido várias ilegalidades para assegurar a sua continuação nos cargos que ocupam.
Esta investigação é distinta de outro processo também contra Villar e outros altos funcionários da Federação, por estes não terem justificado o destino de um subsídio público de 1,2 milhões de euros, destinado a ajudar países pobres da África e da América Central.
[Notícia atualizada às 9h48]
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