“Não temos lições a aprender sobre controlo financeiro dos clubes. O que é incontestável é que a LFP foi um 'motor' na Europa com a criação do DNCG, que ainda hoje é um modelo de regulação que funciona e é reconhecido por todos”, referiu a entidade em comunicado.
A Liga francesa, liderada por Vincent Labrune, criticou a Liga espanhola por ter sido permissiva no que se refere aos critérios financeiros dos clubes espanhóis durante muitas temporadas, permissividade essa que “está na origem dos problemas atuais” do futebol espanhol, os quais “não são da responsabilidade do campeonato francês ou do PSG”.
O órgão dirigente da Liga gaulesa considerou que as declarações de Tebas “não são dignas” da instituição que representa e pediu-lhe que “controle as suas declarações ultrajantes”.
“A LFP não quer ser uma espécie de ‘muleta’ para o senhor Tebas, nem servir para ocultar os problemas internos que o futebol profissional espanhol vive atualmente”, pode ainda ler-se no comunicado.
Tebas declarou na terça-feira que há “dados objetivos não sustentáveis” no projeto do PSG, que é controlado por um fundo de investimento do Qatar.
“Gastam 500 milhões de euros em salários. Com as perdas devidas à covid-19 e a diminuição das receitas televisivas em França, isso é insustentável”, afirmou o dirigente espanhol.
Entretanto, o PSG também veio a público, através do secretário-geral Victoriano Melero, criticar duramente Javier Tebas, cujas declarações qualificou como difamatórias: “Está a faltar ao respeito a alguns dos melhores jogadores do mundo, simplesmente porque decidiram deixar a sua competição, depois de os mesmos terem sido aproveitados ao máximo para promover a sua Liga até muito recentemente”.
Esta reação do PSG surge depois de Tebas ter dito que o clube parisiense “mais parecia um clube de lendas”, tendo em conta “a idade de alguns jogadores”, ao mesmo tempo que se gabava de ‘estrelas’ mais jovens que brilham na Liga espanhola.
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