O dirigente, que teme que a situação possa demorar “pelo menos um ano”, é claro quanto ao que espera sobre o chefe de fila do conjunto britânico, que venceu a Volta a França por quatro vezes: “A Sky deve suspender Froome, mas não me compete interferir.”
“Sem adivinhar quanto à sua culpabilidade, seria mais simples para todos. Brailsford (o seu agente) assumiu as suas responsabilidades. Acho que também é isso que os outros ciclistas desejam. Estão cansados da imagem geral que é transmitida”, lamentou.
A reforçar a sua ideia, recordou as palavras do campeão do mundo de contrarrelógio, o holandês Tom Dumoulin, que disse que “se tivesse acontecido com ele a sua equipa tê-lo-ia suspenso como precaução”.
“Se o resultado é anormal ou não, se surgiu de forma natural ou fraudulenta, é terrível. Aos olhos do público em geral, ele já é culpado”, disse Lappartient, que revelou ter sabido ao resultado de Froome a 21 de setembro, uma hora depois de ter sido eleito presidente da UCI.
O dirigente entende que Froome “deve demonstrar os motivos que podem ter levado a tal concentração de salbutamol”, considerando que cabe ao britânico “o ónus da prova”.
“A partir daí, os serviços legais de antidopagem da UCI verão se os seus argumentos são admissíveis. Se esse não for o caso, será proposta uma sanção que pode ir até dois anos”, sustentou.
O presidente da UCI disse depois que se Froome não aceitar a pena, o caso será levado ao tribunal antidopagem da modalidade, sendo que ambas as partes poderão depois recorrer ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), na Suíça.
“Partiremos para uma disputa legal que durará muito tempo. Este caso não vai ser resolvido em dois minutos, pode durar pelo menos um ano. Será como arrastar uma pesada bola (de chumbo como os presidiários)”, concluiu.
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