“Chegou ao fim a minha relação com o Vitória Sport Clube. Confesso que em campo gostaria de ter podido ajudar mais a equipa. E que senti por vezes uma certa tristeza em não me ser dada a oportunidade de o fazer como gostaria”, escreveu, na página oficial na rede social Instagram.

Autor de quatro golos e de seis assistências nos 31 jogos oficiais ao serviço dos vimaranenses na época 2020/21, correspondentes a 1.774 minutos, o extremo viu a utilização reduzida para 1.070 minutos na época recém-concluída, em que fez dois golos e uma assistência pelo sexto classificado do campeonato.

Quaresma vincou, porém, que fez o seu “papel fora de campo”, ao contribuir para a “valorização da marca Vitória e da cidade de Guimarães” e, agora, no momento da saída, para a mitigação das “dificuldades financeiras” que a SAD vimaranense atravessa, com 47 milhões de euros de passivo, segundo informação avançada na mais recente assembleia geral do clube, em abril de 2022.

“Eu podia, vocês bem sabem, ficar mais um ano de contrato, mas também não posso ficar indiferente às dificuldades financeiras que o Vitória está a passar. Desta forma posso também ajudar o clube a poupar um pouco. Espero inspirar outros a fazerem o mesmo e a não ficarem agarrados a contratos onde só se beneficiam a si próprios”, realçou.

O antigo jogador de clubes como Sporting, FC Porto, Inter de Milão, Chelsea e Besiktas mostrou-se ainda grato pelo “carinho” e pela “frontalidade” com que foi tratado pelos adeptos vitorianos e pela “boa disposição” dos trabalhadores do clube, tendo prometido que vai continuar a jogar.

“Ainda não chegou a minha altura de arrumar as botas. Estou em forma, ainda sei jogar futebol e quero continuar a fazer aquilo que me faz feliz. Em breve, voltaremos a encontrar-nos no campo. A trivela ainda vai fazer levantar muitos estádios”, escreveu ainda o autor de 10 golos em 80 internacionalizações pela seleção portuguesa.

TYME // AJO

Lusa/Fim