Rovanperä, que tem menos três do que o compatriota Markku Alen, gastou 3:44.19,2 horas para cumprir as 21 especiais desta quarta jornada do Mundial, deixando o segundo classificado, o britânico Elfyn Evans (Toyota Yaris), a 15,2 segundos, com o espanhol Dani Sordo (Hyundai i20) em terceiro, a 2.17,3 minutos, depois de ter batido o japonês Takamoto Katsuta (Toyota Yaris) na 'power stage'.

Com estes resultados, Rovanperä, que já venceu três das quatro provas realizadas esta época (só foi batido pelo francês Sébastien Loeb, em Ford Puma, no Rali de Monte Carlo), alargou a vantagem no campeonato, tendo agora 106 pontos, mais 46 do que o segundo classificado, que é o belga Thierry Neuville (Hyundai i20).

Rovenperä confirma tradição desde a mudança para o norte

A vitória do jovem piloto na 55.ª edição do Rali de Portugal  confirmou a tendência desde o regresso da prova ao norte do país de nenhum piloto 'bisar'.

Rovanperä, que começou este terceiro e derradeiro dia da quarta etapa do Mundial de Ralis com uma vantagem de 5,7 segundos sobre o britânico Elfyn Evans, seu companheiro de equipa na Toyota, com outro Yaris, e vencedor da prova em 2021, venceu três das cinco especiais de hoje, incluindo a 'power stage' na segunda passagem por Fafe, somando a pontuação máxima para o campeonato.

O finlandês terminou a jornada lusa com o tempo de 3:44.19,2 horas após as 21 especiais disputadas, deixando o segundo classificado, Evans, a 15,2 segundos, com o espanhol Dani Sordo (Hyundai i20) em terceiro, a 2.17,3 minutos, depois de ter batido o japonês Takamoto Katsuta (Toyota Yaris) na 'power stage' final.

“Começar a prova a abrir a estrada e, ainda assim, lutar pela vitória, foi bom. O carro esteve perfeito, todos podem ficar contentes”, disse o piloto finlandês, após cortar a meta em Fafe.

Filho de um antigo piloto de ralis, Harri Rovanperä, Kalle tornou-se, assim, no piloto mais novo de sempre a vencer o Rali de Portugal, aos 21 anos (destronou o compatriota Markku Allen, que, em 1975, venceu a prova portuguesa com 24 anos, aos comandos de um Lancia).

E também confirmou a tendência que se verifica desde que a prova regressou ao norte do país, em 2016, em que nenhum piloto consegue repetir uma vitória.

Nesse ano, venceu o irlandês Kris Meeke (Citroën C3). No ano seguinte, foi o francês Sébastien Ogier (Ford Focus), que tinha já vencido em 2010, 2011, 2013 e 2014, a somar a única vitória nesta versão da prova (as anteriores aconteceram no Algarve).

O belga Thierry Neuville (Hyundai i20) ganhou em 2018, seguindo-se o estónio Ott Tanäk (Toyota Yaris), ano em que foi campeão mundial.

Em 2020 não houve rali devido às limitações provocadas pela pandemia de covid-19, tendo o britânico Elfyn Evans (Toyota Yaris) vencido em 2021.

Desta forma, este foi o terceiro triunfo consecutivo da Toyota, que já leva sete no historial da prova lusa.

Rovanperä tinha como melhor resultado em Portugal um sexto lugar conseguido em 2019, com um Skoda Fábia de WRC2, pois, em 2021, já com o Toyota Yaris da categoria principal, teve problemas na primeira etapa, regressando no sábado em sistema de 'superrally', terminando apenas na 22.ª posição.

Este é o quinto triunfo da carreira do jovem finlandês, terceira consecutiva este ano, em que só foi batido pelo francês Sébastien Loeb (Ford Puma) na prova de abertura do campeonato, o Rali de Monte Carlo, igualando o adversário deste fim de semana, Elfyn Evans.

A última vez que um piloto conseguiu três vitórias consecutivas no campeonato aconteceu em 2016, com Sébastien Ogier a triunfar na Córsega, na Catalunha e em Gales. Um feito que apenas aconteceu 13 vezes na história do campeonato.

Rovanperä dominou a prova portuguesa, apesar de ter começado o primeiro dia a abrir a pista, teoricamente uma posição desfavorável em pisos de terra, pois implica menos tração.

Mesmo assim, venceu oito das 21 especiais, enquanto Evans foi o mais rápido em seis.

Neuville (duas), o estónio Ott Tanäk (duas), em Hyundai i20, os franceses Sébastien Loeb (uma) e Sébastien Ogier (uma) e o irlandês Josh McErlean, que acabou por ser o mais rápido na superespecial da Foz, no sábado, em Hyundai i20 dos WRC2, foram os restantes vencedores.

Este derradeiro dia de prova ficou marcado pelo acidente do finlandês Teemu Suninen (Hyundai i20) na última especial, em Fafe.

O até então líder dos WRC2 falhou uma travagem para uma curva à esquerda e saiu em frente, numa zona em que estava um grupo de pessoas, fora da zona espetáculo.

No entanto, as árvores acabaram por ajudar a parar o carro do finlandês, que obrigou a interromper o troço por alguns minutos, e evitar ferimentos quer no piloto e navegador como nas pessoas ali indevidamente colocadas, fora de qualquer zona espetáculo delimitada pela organização.

Retomada a corrida, a batalha pelo terceiro lugar animou os instantes finais da prova, com o espanhol Dani Sordo, amplo conhecedor do troço de Fafe, a ganhar 4,3 segundos ao japonês Takamoto Katsuta (Toyota Yaris), que baixou a quarto por apenas 2,1 segundos.

“Parabéns ao Dani. Lamento pela equipa. Tentei, mas não chegou. Não sou bom o suficiente. Tenho de melhorar”, lamentou o piloto nipónico, em lágrimas.

Assim, Sordo sobe ao pódio pela sexta vez no Rali de Portugal, depois de já em 2021 ter sido segundo classificado.

Thierry Neuville fechou a prova em quinto, seguido de Tanäk.

Após estes resultados, Rovanperä alargou a vantagem no Mundial de pilotos. O finlandês tem, agora, 106 pontos, contra os 60 de Neuville e os 38 de Katsuta.

No Mundial de construtores, a Toyota lidera, com 175 pontos, contra os 116 da Hyundai e os 94 da Ford.

Em WRC2, o despiste de Suninen na derradeira especial deixou a vitória para o francês Yohan Rossel (Citroën C3), que assume a liderança do campeonato.

Armindo Araújo (Skoda Fábia) foi o melhor português, em 14.º da geral, sendo ainda o quinto dos WRC2, logo seguido de Ricardo Teodósio (Hyundai i20).

A próxima ronda será o Rali da Sardenha, em Itália, de 02 a 05 de junho.

Armindo Araújo termina como o melhor português

O piloto Armindo Araújo (Skoda Fábia) terminou a 55.ª edição do Rali de Portugal como o melhor português, batendo o algarvio Ricardo Teodósio (Hyundai i20) por 22,5 segundos.

Nesta competição particular pelo estatuto de melhor representante nacional, apesar de a classificação do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR) ter ficado fechada na sexta-feira, com a vitória de Teodósio, Araújo levou a melhor depois de ter assumido o comando no final do dia de sábado.

Esta manhã, o piloto natural de Santo Tirso fez melhor do que Teodósio em três das cinco especiais, apesar de só ter vencido uma. José Pedro Fontes, em Citroën C3, venceu as outras duas.

O algarvio foi o mais rápido dos portugueses em dois dos cinco troços deste domingo.

Desta forma, Araújo terminou em 14.º da geral, a 21.36,8 minutos do vencedor, com Teodósio logo atrás, a 22,5 segundos.

Armindo Araújo foi, ainda, quinto classificado no WRC2, com Ricardo Teodósio em sexto.

(Artigo atualizado às 15:17)

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