O evento, que decorrerá durante a tarde de domingo na zona de Belém, trará de volta, 15 anos depois, um monolugar de Fórmula 1 às ruas de Lisboa, estando integrado no programa oficial das festas da cidade, no qual o acesso é livre para o público em geral.

“Tenho muito orgulho de ter a oportunidade de estar em Lisboa, uma vez que o Estoril desempenhou um papel importante na minha carreira. Vai ser um grande espetáculo. Os que já são adeptos de Fórmula 1, vão lembrar-se da energia que existe no [motor] V8. Os que nunca viram Fórmula 1, com sorte vamos atrair novos adeptos”, sublinhou o antigo piloto escocês.

Em conferência de imprensa de apresentação do evento, David Coulthard lembrou os ‘showruns’ anteriores em que participou e a grande quantidade de pessoas a assistir, numa modalidade que “abriga todas as faixas etárias” e influencia tecnologias futuras.

“É sempre um desporto que influencia tecnologias futuras, em termos de mobilidade. Nos regulamentos atuais, são os motores mais eficientes do mundo e têm impacto na indústria automóvel. É mais do que só correr à volta de um circuito”, realçou.

David Coulthard fez parte da estreia da Red Bull na Fórmula 1, em 2005, foi o autor do primeiro pódio (2006) e foi o primeiro grande piloto da equipa, antes da ‘reforma’, em 2008, numa altura em que a ‘escuderia’ alcançou, na semana passada, o 100.º triunfo.

“Ter 100 vitórias na Fórmula 1, desde que a equipa foi formada, em 2005, é fantástico. É um espaço de tempo muito curto para alcançar tanto sucesso”, salientou Coulthard.

O feito foi alcançado pelo neerlandês Max Verstappen, atual bicampeão mundial e que se encaminha para um terceiro título consecutivo, aos 25 anos: “Ele é um jovem ainda. Pode reescrever os livros de história da Fórmula 1. Não creio que se trate de quebrar os recordes para se ser um grande piloto. Se o Lewis [Hamilton] nunca conseguir vencer um oitavo título mundial, não significa que não é melhor que o Michael [Schumacher]”.

Coulthard disse ainda que gostava de ter Portugal de novo no calendário, apontando o circuito de Portimão como “fantástico”, embora seja necessário “muito investimento e infraestruturas para satisfazer níveis iguais de outras pistas financiadas por governos”.

Presente também na apresentação esteve o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, que ressalvou a importância de acolher este evento e a Red Bull, marca que se enquadra na estratégia de “inovação e capital da cultura” que a cidade quer ter.

“É parte da estratégia que temos para Lisboa e para o futuro da cidade. Passa por este tipo de eventos, que nos trazem modernidade e eficiência para o futuro, como ter um mundo mais sustentável. A Red Bull tem essa responsabilidade social e tem essa área da sustentabilidade, que é um caminho que vai diferenciar as cidades”, disse o autarca.

Revelando ser adepto de Fórmula 1, Carlos Moedas explicou os motivos que o levam a ter essa ‘paixão’: “É um desporto extraordinário, pois tem o conjunto da receita para o sucesso na vida: por um lado, o sonho e a emoção e, por outro, a atenção ao detalhe”.

O político frisou ainda que o ‘showrun’ da Red Bull é um “grande aquecimento” para as Jornadas Mundiais da Juventude, a realizar-se de 01 a 06 de agosto, que se prevê que reúna em Lisboa mais de um milhão de pessoas e tem como destaque a visita do Papa.

O Red Bull Showrun de Lisboa tem início às 15:00 e prolonga-se até às 18:15, contando, para além de demonstrações com o RB7, com exibições de ‘drifting’, breaking, música e ainda de marchas populares, entre o Museu dos Coches e o Centro Cultural de Belém. No período da manhã, o público poderá visitar o ‘paddock’ e ver o monolugar de perto.