O dirigente, que falava após a Assembleia-Geral que teve início às 20:30 e que terminou pelas 23:20, reconheceu que "a divisão está patente", até porque, se de um lado, o Relatório e Contas de 2018/19 foi aprovado com 52,95% dos votos, por outro, votaram contra 756 sócios (a favor 596).
"De acordo com os estatutos do Sporting nem todos os sócios têm o mesmo número de votos. Na minha opinião [Frederico Varandas] tem todas as condições para presidir ao Sporting. Mesmo que o relatório tivesse sido rejeitado, isso não implicaria a queda da Direção. Do meu ponto de vista, após a aprovação do Relatório e Contas, não está em causa um referendo à Direção", afirmou.
Para Rogério Alves, existe a necessidade de encontrar outras formas para trazer os sócios a este tipo de votações.
"Tivemos aqui 1.352 sócios, mas temos um universo muito mais vasto. Temos de encontrar uma maneira, que, na minha opinião, passa por uma reformatação dos Estatutos, para que muitos mais sócios participem na vida do clube. Os resultados são o que são, os sócios votaram como quiseram e o relatório foi aprovado. As ilações políticas deverão ser tiradas pelo Conselho Diretivo e não pela Mesa da Assembleia-Geral", disse.
Esta reunião magna, que decorreu no Pavilhão João Rocha, em Lisboa, deu voz a mais de duas dezenas de associados, entre os quais o ex-presidente Sousa Cintra, que, perante a contestação que sentiu, acabou por desistir de dar o seu ponto de vista.
"Não quero interpretar politicamente esse fenómeno. Tenho muita simpatia pelo presidente Sousa Cintra, houve realmente uma onda de contestação inicial e ele prescindiu de falar. Pessoalmente ,não vou fazer nem exegese, nem fisiologia, nem vou fazer a anatomia desse fenómeno. Não gostaria que o Sporting fosse notícia por aspetos pontuais, que podem ter isto ou aquilo de negativo, quando temos tanta coisa positiva para comemorar em conjunto", concluiu.
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