Rogério Alves, que falava à imprensa após a reunião magna em que se votaram os recursos do ex-presidente e do seu antigo 'vice' Alexandre Godinho contras as expulsões, salientou que não queria tirar nenhuma ilação política da decisão dos sócios.
"São matérias que têm se ser apreciadas em primeira linha pelo Conselho Fiscal e Disciplinar, tal como aconteceu com a matéria da suspensão, demos uma distribuição de competências. Preferia não fazer nenhum cálculo, qualquer especulação ou contas, quero apenas anunciar os resultados. A partir de amanhã poderemos analisar e projetar", disse.
Num plenário em que 5.190 sócios, com um total de 20.414 votos, a exclusão de Bruno de Carvalho foi validada com 69,3% dos votos, contra 29,7% favoráveis à readmissão. Já Alexandre Godinho viu a sua saída confirma por 68,2% rdos votos, contra 30,54%.
"Esta AG tinha como objetivo específico julgar recursos interpostos por dois sócios da pena de expulsão que lhes foi aplicada pelo Conselho Fiscal e Disciplinar. Os estatutos do Sporting preveem que haja esse recurso. Estes foram os resultados. Os sócios votaram e deliberaram como lhes compete numa circunstância como esta", destacou.
Para Rogério Alves é inegável que o Sporting precisa agora de entrar num período de estabilidade, ainda assim recusa fazer uma análise dos resultados.
"Todos os sportinguistas pretendem que haja estabilidade, que é um fator crítico para termos sucesso. Esta AG tinha o objetivo de dar a palavra aos sócios para que estes decidam da forma que entendam. A partir de agora pensar-se-á naquilo que tiver de ser pensado. Cada qual tirará as ilações que entenda. Todos desejamos a estabilidade. Vamos ver como as coisas vão evoluir", afirmou.
Durante o decorrer da AG alguns sócios colocaram em causa o facto dos boletins de voto estarem numerados no canto inferior esquerdo poderem identificar os votantes, situação que mereceu um esclarecimento por parte de Rogério Alves.
"Essa numeração visa evitar a falsificação dos boletins de voto. A introdução aleatória desse código permite impedir e prevenir a falsificação de boletins. É uma espécie de selo de garantia que o boletim foi produzido pelos serviços do Sporting. Não permite, de acordo com os serviços do Sporting, a identificação do votante através desse número ou de qualquer sinal exterior do que quer que seja", concluiu.
Bruno de Carvalho, de 47 anos, eleito em presidente em 2013, foi destituído do cargo em Assembleia Geral, em 23 de junho de 2018, com 71,36% dos votos, e posteriormente suspenso por 12 meses, o que inviabilizou a sua candidatura às eleições de 08 de setembro, nas quais foi eleito Frederico Varandas.
Paralelamente, Bruno de Carvalho foi constituído arguido no processo de investigação judicial ao ataque à academia de Alcochete, em 15 de maio de 2018, em que foram agredidos futebolistas e técnicos e que esteve na base da maior crise institucional do clube, acabando por conduzir à sua expulsão de sócio.
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