“Depois de declarar publicamente o meu desejo de me candidatar à presidência da CBF no próximo pleito, retiro oficialmente a minha intenção. Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião”, reconheceu o atual proprietário dos espanhóis do Valladolid, nas redes sociais.

Ronaldo Nazário, de 48 anos, tinha revelado a vontade de concorrer às eleições da CBF em dezembro de 2024, pugnando pelo “alinhamento estratégico” com os clubes e as federações estaduais, de modo a promover a “mudança necessária” no futebol brasileiro.

“No entanto, no meu primeiro contacto com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações [estaduais] recusaram-se a receber-me nas suas casas, sob o argumento de satisfação para com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar o meu projeto nem levar as minhas ideias. Não houve qualquer abertura para o diálogo”, notou.

Respeitando o apoio generalizado dos organismos estaduais a Ednaldo Rodrigues, cujo mandato termina em março de 2026, o ex-avançado agradeceu aos interessados no seu projeto e disse que a evolução da modalidade passa por “diálogo, transparência e união”.

De acordo com os estatutos da CBF, uma candidatura precisa, no mínimo, do apoio de quatro das federações estaduais e de quatro dos 40 clubes dos dois escalões principais.

Ronaldo Nazário conquistou mais de uma dezena de troféus em quase duas décadas no futebol, atuando pelo Cruzeiro, os neerlandeses do PSV Eindhoven, os espanhóis do FC Barcelona e do Real Madrid, os italianos do Inter Milão e do AC Milan e o Corinthians.

Terceiro melhor marcador de sempre da seleção principal do Brasil, com 62 golos em 98 internacionalizações, o ‘fenómeno’ é o segundo principal ‘artilheiro’ em campeonatos do mundo, ao somar 14 tentos em quatro fases finais, um abaixo do alemão Miroslav Klose.