Em declarações à agência Lusa na noite de quinta-feira, o ‘rei’ da montanha na Volta a Itália, prova que terminou no domingo, referiu as três competições como aquelas onde ambiciona uma boa prestação e, quando questionado se isso significa vencer, colocou alguma ‘água na fervura’, mas não enjeitou o desafio.
“Em primeiro lugar, é preciso fazer bem feito. Depois, se conseguir fazê-las bem e tiver a oportunidade, pensar em ganhar”, admitiu o ciclista da Education First à chegada à sua terra natal, Pegões Velhos, no concelho do Montijo, onde foi recebido por cerca de meia centena de familiares e amigos.
A camisola azul recentemente conquistada foi a “confirmação” de que se pode “bater com os melhores do mundo”, o que, para o ciclista português, além de ser “uma responsabilidade”, dá vontade de “ganhar corridas”.
Por outro lado, Ruben Guerreiro confessou que o impacto da sua prestação no Giro só começou a ser verdadeiramente assimilado após o regresso a Portugal, apesar de já durante a competição ter a noção de que a sua prova, assim como a do compatriota João Almeida (Deceuninck-QuickStep, quarto classificado da geral individual), estavam a ter bastante reconhecimento.
“Não tinha a noção do impacto. Ainda bem, porque é bom para o ciclismo português e também aqui para o concelho e as freguesias da região”, admitiu o ciclista, já de regresso a Pegões Velhos, onde se prepara, agora, para um período de descanso antes de regressar aos treinos.
Ruben Guerreiro tornou-se, aos 26 anos, no primeiro português a conquistar uma camisola de uma grande volta ciclista internacional, ao conquistar o prémio da montanha no ‘Giro’ de Itália, além de vencer a nona de 21 etapas da ‘corsa rosa’.
A 103.ª edição da Volta a Itália em bicicleta terminou no domingo, com a vitória do britânico Tai Geoghegan Hart (INEOS), numa edição onde outro português, João Almeida (Deceuninck-QuickStep) também brilhou ao envergar a camisola rosa de líder durante 15 dias, antes de terminar no 4.º lugar.
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