Aos corredores com melhores resultados na história do ciclismo português de elite nos mundiais de estrada juntam-se, na prova que se vai disputar em Yorkshire, Domingos Gonçalves (Caja Rural-RGA), José Gonçalves (Katusha Alpecin), Rúben Guerreiro (Katusha Alpecin) e Rui Oliveira (UAE-Emirates).
Em 2018, Rui Costa, que também alinha na UAE-Emirates, foi 10.º em Innsbruck, onde Nelson Oliveira, da Movistar, terminou em quinto no ‘crono’.
De acordo com a Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), esta é “uma equipa experiente para competir em elite”, com “seis corredores de perfis diferentes e complementares, precavendo diferentes cenários de corrida e o necessário trabalho coletivo”, na prova de fundo, marcada para 29 de setembro, com 280 quilómetros, entre Leeds e Harrogate.
“Temos uma equipa de qualidade, com provas dadas e experiência internacional. Vamos bater-nos pelo ‘top-10′, tanto no contrarrelógio como na prova de fundo. Sabemos que os adversários são muito fortes, mas temos as nossas armas, com corredores que sabem o que é disputar os primeiros lugares em Mundiais”, afirmou o selecionador José Poeira, citado pela FPC.
Poeira advertiu para o percurso, com “cerca de 100 quilómetros, a partir do quilómetro 60 de prova”, em “estradas muito sinuosas, com subidas íngremes, curvas e viragens muito técnicas”.
“É necessário estar sempre bem colocado, havendo tensão constante, o que vai aumentar o stress competitivo e provocar um desgaste muito grande, antes mesmo do circuito final, essencialmente urbano. Aqui as maiores dificuldades serão técnicas, devido às curvas, viragens e descidas exigentes. Tem também alguns topos. Acabará por ser duro porque os corredores vão ali chegar com quase 200 quilómetros e cada metro que se perca para a roda da frente numa curva ou viragem custa muito a recuperar”, referiu.
Nelson Oliveira vai ser o único representante luso no contrarrelógio de 54 quilómetros, em 25 de setembro, entre Northallerton e Harrogate.
“Acredito nas capacidades do Nelson Oliveira para nos dar uma alegria. A prova vai obrigar a uma criteriosa escolha dos andamentos a utilizar, porque exige muitas mudanças de ritmo, devido às subidas, mas também às estradas estreitas e sinuosas. O atravessamento de zonas de ventos cruzados é outro fator relevante”, avaliou o responsável técnico.
A competição de fundo no escalão sub-23 está marcada para 27 de setembro, ao longo de 186,9 quilómetros, e vai ser disputada por André Carvalho (Hagens Berman Axeon) e João Almeida (Hagens Berman Axeon), Emanuel Duarte (LA Alumínios-LA Sport) e Miguel Salgueiro (Sicasal-Constantinos). Três dias antes, André Carvalho e João Almeida competem no contrarrelógio de 30,3 quilómetros.
Nos 148,1 quilómetros da prova de fundo de juniores, em 26, Portugal vai contar com André Domingues (EC Bruno Neves) e João Carvalho (Bairrada).
A sub-23 Maria Martins (Sopela Women’s) vai disputar a prova de fundo de elite (149,4 quilómetros), no dia 28, e Daniela Campos (5Quinas-Albufeira-CDASJ) nas provas de juniores (‘crono’ de 13,7 quilómetros no dia 23 e os 86 da prova de fundo no dia 27).
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