“Esperamos uma decisão justa e íntegra do TAS. Só posso acrescentar que, graças ao formato de audiências à porta fechada, os juízes poderão evitar pressões desnecessárias, valorizar os factos e os aspetos intrinsecamente jurídicos, sem reagir a notícias falsas e provocações”, justificou o presidente do ROC, Stanislav Pozdniakov.
O TAS vai apreciar o recurso apresentado pela Rusada aos quatro anos com que foi punida, em dezembro 2019, por incumprimento de diversas normas da Agência Mundial Antidopagem (AMA), agravadas com a descoberta de manipulação de dados.
O dirigente manifestou a sua satisfação pelo “detalhe e argumentação” com que foi expressa a posição do ROC, que defende penas individuais aos prevaricadores e não aos organismos que os representam.
“Mantemos o nosso apego inabalável à posição de que a justiça real deve ganhar, os culpados devem pagar sem falta, mas as punições só podem ser aplicadas na forma de sanções individuais baseadas em evidências convincentes”, reforçou.
A sanção em causa implica a exclusão da Rússia da participação, organização ou candidatura a grandes eventos desportivos, incluindo Jogos Olímpicos e Paralímpicos e campeonatos do Mundo.
A Rusada esteve suspensa preventivamente e, em setembro de 2018, a AMA impôs um conjunto de condições para que fosse reabilitada, condições essas que não foram cumpridas e, a piorar os factos, foi descoberta nova manipulação de dados.
Na génese de longo processo entre as duas entidades está a descoberta de um sistema de dopagem com conhecimento e apoio estatal, tornado público em 2015.
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