Na primeira conferência de imprensa oficial do Mundial, o técnico francês lembrou que o ADN da seleção portuguesa “não é conservador” e, por isso, “as pessoas vão apoiar” a equipa portuguesa se esta jogar ao seu “melhor nível”.
“Quero que a seleção portuguesa seja uma equipa apaixonante, que as pessoas apoiam porque gostam da forma como eles jogam, se empenham e conseguem criar coisas incríveis durante o jogo. E tenho a certeza que estes jogadores têm capacidade para o fazer”, afirmou Lagisquet, no Parque dos Desportos de Perpignan.
A seleção lusa chegou na segunda-feira àquela cidade no Sul de França, onde Lagisquet promete manter o nível de exigência para garantir que os jogadores vão estar preparados para a estreia, frente ao País de Gales, em 16 de setembro.
“O meu objetivo é puxar ao máximo por eles para ter a certeza de que estão preparados para começar bem o Mundial e que não vão ser surpreendidos quando entrarem em campo, com mais de 30 mil pessoas a gritar no estádio”, comentou o técnico francês.
De acordo com o ‘Express de Bayonne’, o primeiro contacto dos jogadores com essa realidade é muito “forte” e provoca diferentes reações, pelo que coloca “a máxima exigência em todas as sessões de treino até ao primeiro jogo”.
“Nem todos os jogadores reagem da mesma maneira e não quero que sintam essa pressão apenas no último momento, quando já for tarde demais. É por isso que coloco muita pressão nos treinos, mas é completamente diferente de ter um estádio cheio com 30 mil ou 40 mil pessoas a gritar”, reconheceu.
Ao lado do técnico, o ‘capitão’ da seleção lusa admitiu que “não vale a pena estar a dizer que a pressão não vai influenciar” a equipa, mas lembrou que a resposta ”tem tudo a ver com a forma” como os ‘lobos’ conseguirem “lidar com isso”.
“Obviamente vai haver pressão, vai haver frustração em alguns jogadores quando começarem a sair as convocatórias, mas como equipa, em geral, estamos bem e confiantes. Agora é que chegou a altura de aproveitarmos. Se não o fizermos agora, não vamos aproveitar nunca”, apontou Tomás Appleton.
Os ‘lobos’ chegaram na segunda-feira a Perpignan, onde vão ficar instalados até ao final da fase de grupos do Mundial de França2023, após uma preparação que teve início em 26 de junho e se dividiu por três fases, em Oeiras, no Algarve e em Font-Romeu, já em França.
A seleção portuguesa vai jogar o Mundial de râguebi pela segunda vez no seu historial, após a histórica presença na competição, em 2007, também em França.
Portugal vai disputar o Grupo C, no qual enfrenta o País de Gales (16 de setembro), a Geórgia (23 de setembro), a Austrália (1 de outubro) e as Ilhas Fiji (8 de outubro). O Mundial de França2023 decorre entre 8 de setembro e 28 de outubro.
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