Em declarações à margem do 18.º Estágio do Jogador, do qual é embaixador, promovido pelo Sindicato dos Jogadores, em Odivelas, o técnico, de 43 anos, sublinhou ainda a “aprendizagem enorme” em Alvalade e rejeitou qualquer arrependimento por ter aceitado o convite do presidente ‘leonino’, Frederico Varandas, quando tinha apenas dois anos de experiência no Belenenses.
“O Sporting foi uma aprendizagem enorme. Não acho que cheguei cedo, cheguei no momento que tinha de chegar e as coisas são mesmo assim. Não estou nada arrependido, muito pelo contrário. Aprendi coisas que se calhar não ia aprender tão cedo. O mais importante é nós aprendermos o máximo em menos tempo possível. Por isso, nesse aspeto, cheguei no tempo perfeito ao Sporting”, afirmou.
Limitado nos leões por não deter o nível máximo de formação de treinador, Silas revelou que muito dificilmente vai abraçar um desafio no arranque da época 2020/21, em agosto, por razões de formação profissional.
“Vou entrar no curso UEFA Pro na segunda-feira e esse é o próximo passo. Até acabar o UEFA Pro, em que vamos ter de estar até 21 de agosto na Cidade do Futebol, não creio que vá acontecer algo diferente. Esperei muito para tirar este nível e só uma coisa fora do normal é que me levaria a abdicar de tirar o curso, que acho que não devo abdicar”, vincou, assegurando não estar “muito preocupado” com o futuro imediato nos bancos de suplentes.
Silas deixou a liderança do Sporting em 03 de março, ainda antes da interrupção da I Liga de futebol devido à pandemia de covid-19. Questionado sobre a preparação e o trabalho que tem feito nos últimos meses, o treinador português reconheceu ver “muitos jogos” e de “todas as ligas”, não só por formação, “mas também pela paixão”.
Já sobre o final do campeonato, Silas destacou os efeitos da paragem devido à pandemia nos jogos e em alguns resultados, sublinhando “o facto de as equipas grandes terem perdido vários pontos”. Instado a explicar as razões que possam explicar esta circunstância, o ex-técnico de Sporting e Belenenses apontou à falta de tempo de trabalho na retoma da competição e à alteração regulamentar de três para cinco substituições.
“As equipas grandes são aquelas que mais têm de atacar e o mais difícil de trabalhar é o ataque organizado. Isso, juntando às cinco substituições, retira poder ofensivo às equipas ditas grandes e beneficia o futebol defensivo. Trabalhar ofensivamente custa mais, não é em três ou quatro semanas que se atinge o patamar mais alto das equipas. Julgo que tira um bocado a espetacularidade ao jogo, mas percebo que tenha de ser feito”, sentenciou.
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