“Os nove clubes reconhecem e aceitam que o projeto da Superliga foi um erro e pedem desculpa aos adeptos, às federações nacionais, às ligas nacionais, aos restantes clubes europeus e à UEFA. Eles também reconheceram que o projeto não teria sido autorizado pelos Estatutos e Regulamentos da UEFA”, refere o organismo, em comunicado.
Deste modo, os arrependidos ingleses do Manchester City, Liverpool, Chelsea, Manchester United, Tottenham e Arsenal, italianos do AC Milan e Inter e os espanhóis do Atlético de Madrid aceitaram uma série de "medidas de reintegração", incluindo renunciar a 5% do rendimento proveniente de uma época nas competições europeias.
Paralelamente, vão doar, em conjunto, um total de 15 milhões de euros transformados em doações a "comunidades locais" do futebol europeu.
"Ao aceitar os seus compromissos e a sua vontade de reparar a perturbação que causaram, a UEFA quer deixar este capítulo para trás e avançar com um espírito positivo", afirmou o presidente Aleksander Ceferin, em comunicado.
Da mesma forma, o dirigente reconheceu que “o mesmo não pode ser dito dos (três) clubes que continuam envolvidos na chamada Superliga”, casos que, vincou, “a UEFA tratará em conformidade”.
Real Madrid, FC Barcelona e Juventus são os fundadores que insistem na concretização do projeto privado e concorrente da Liga dos Campeões e arriscam a sanções mais pesadas, estando a sua situação a ser analisada pelos órgãos disciplinares da UEFA.
Os nove clubes arrependidos podem participar nas competições da UEFA para as quais se qualificaram e comprometeram-se a pagar uma multa de 100 milhões de euros se, no futuro, pretenderem participar numa prova “não autorizada” pelo organismo que gere o futebol europeu.
Este grupo regressa também à Associação Europeia de Clubes (ECA), o único organismo representativo reconhecido pela UEFA.
Em 18 de abril, os 12 clubes anunciaram a criação de uma competição anual com 20 equipas, na véspera de a UEFA revelar o formato competitivo da Liga dos Campeões, a partir de 2024/25.
Esta decisão abalou o futebol europeu e as manifestações unânimes de repúdio – de adeptos, futebolistas, treinadores e dirigentes a responsáveis políticos nacionais – fizeram com que volvidas 48 horas já só o Real Madrid, que preside à Superliga, FC Barcelona e Juventus se mantivessem no projeto.
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