“Isto [a homenagem] comoveu-me e mexeu comigo. Estou num país que tem a mesma língua e sei qual é a relação de Portugal com o Brasil. Nós, portugueses, até sabemos melhor porque falamos mais do Brasil e, portanto, tudo isto, ligado aos sucessos desportivos do Flamengo, têm sido dos cinco meses mais importantes da minha vida”, declarou Jorge Jesus.
O treinador português, que se sagrou campeão sul-americano e brasileiro no fim de semana, recebeu hoje o título de cidadão do Rio de Janeiro.
Questionado pelos jornalistas numa breve conferência após receber o título de cidadão carioca, Jorge Jesus disse que pretende ficar no Flamengo até maio de 2020.
“Tenho contrato com o Flamengo até maio e, portanto, neste momento ainda há uma competição muito importante para disputar pelo Flamengo”, disse o técnico, referindo-se ao Mundial de clubes, que se disputa em dezembro, no Qatar.
Depois daquela competição, “as coisas, naturalmente, vão ser resolvidas pela força das circunstâncias”: “Pelo coração tinha de ficar no Flamengo. Neste momento, toda a emoção e paixão me conquistaram. Mas para além disso há outros fatores importantes na vida de um treinador”, advertiu.
Jorge Jesus também referiu que nunca moldou sua carreira em função da componente económica, mas reconheceu que no futuro isso pode pesar nas suas escolhas.
“No futuro, se calhar, será uma componente que vou valorizar, mas vamos passo a passo. E na altura em que tivermos de decidir, vamos decidir para o melhor”, afirmou.
Jorge Jesus também fez questão de mencionar que tem muito orgulho em Portugal e declarou que os portugueses o apoiaram na final da Taça Libertadores, vencida pelo Flamengo frente ao River Plate, por 2-1, no sábado, em Lima.
“Sei o quanto Portugal esteve na final da Libertadores, não só nos jogos do Flamengo. [Os portugueses tiveram] sempre com um carinho muito especial por mim, não me viram como um treinador, mas como um português”, concluiu.
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