"O Comité Olímpico de Portugal, assim que soube que haveria um plano de vacinação, fez de imediato uma diligência junto das autoridades competentes para sinalizar a intenção de vacinar contra a Covid-19 todos os que estarão presentes nos Jogos", relatou Marco Alves, chefe da missão portuguesa, num webinar sobre "o novo contexto da missão" destinado às federações, atletas e jornalistas.
Ao COP foi solicitado "o número de pessoas abrangidas", numa resposta que não foi de "sim ou não". Sem precisar o número de pessoas identificadas, Marco Alves, revela que a incluí "atletas, treinadores, árbitros, juízes e jornalistas".
Em resposta ao SAPO24, Marco Alves salienta que já foram empreendidos "contactos informais" com o novo coordenador do plano de vacinação, o Vice-almirante Gouveia e Melo, "alguém próximo do movimento olímpico, que esteve connosco num projeto no Rio2016", mas nada mais do que isso.
Recorde-se que no final do mês de janeiro, o Comité Olímpico Internacional (COI) afastou a possibilidade de fazer depender a realização do evento da vacinação de todos os atletas — não reivindicando o acesso prioritário nos planos nacionais de vacinação para os atletas olímpicos. Em comunicado, o COI explicou que "continua a apoiar firmemente a prioridade da vacinação de grupos vulneráveis e de pessoas que garantem a manutenção dos cuidados de saúde e segurança".
Os participantes, independentemente de vacinados, terão de cumprir com todos os protocolos definidos pelo Comité Organizador.
O Japão começou esta quarta-feira a administrar a vacina contra a Covid-19, prevendo imunizar toda a população no prazo de um ano, numa altura em que faltam menos de seis meses para o início dos Jogos Olímpicos.
O primeiro grupo a receber a vacina integra 40.000 médicos e enfermeiras da linha da frente na luta contra a pandemia, que vão também avaliar os possíveis efeitos das duas inoculações necessárias. Seguir-se-ão, em março, cerca de 3,7 milhões de pessoas ligadas ao setor de saúde e cerca de 36 milhões com mais de 65 anos. A etapa final, que abarcará a população em geral com mais de 16 anos, só deverá arrancar no final de junho ou julho, quando está previsto o início de Tóquio2020.
Antes de viajar para o Japão, atletas e restante comitiva deverá fazer um registo diário de sintomatologia e da temperatura corporal num app (sobre a qual ainda não se conhece detalhes). Até 72 horas antes da partida deverão ser realizados "testes PCP, LAMP ou CLEIA) e os resultados apresentados à chegada a Tóquio.
Durante os jogos, os atletas serão testados na Aldeia Olímpica a cada quatro dias — algo que poderá sofrer alterações consoante as modalidades. Caso sejam detetados casos positivos, os atletas permanecerão em isolamento em local a designar pelas autoridades japonesas e serão impossibilitados de competir.
"Haverá uma salvaguarda dos falsos positivos. O primeiro teste positivo não é condição para que o atleta seja excluído da competição. Será feita uma contra-análise e o atleta só será afastado da competição se o resultado for novamente positivo", explicou o chefe da missão portuguesa no webinar desta sexta-feira.
Para além de atletas, treinadores, chega de missão ou diretor desportivo, a comitiva portuguesa terá um oficial de ligação Covid-19.
A primeira versão do guia disponibilizado pelo Comité Olímpico Internacional recomenda não só a lavagem regular das mãos, a utilização da máscara facial sempre que possível e a ventilação dps espaços fechados a cada 30 minutos. Mas não só, é recomendado que se apoiem os atletas apenas com palmas, cantar ou gritar não será permitido.
As limitações estendem-se à imprensa, com a redução para metade das tribunas para os media e dos centros de imprensa.
A presença do público nesta edição ainda não está definida, a decisão será tomada no final do mês de março.
Para os Jogos Olímpicos Tóquio2020, que decorrerão entre 23 de julho e 8 de agosto de 2021, Portugal conta já com 36 apurados de dez modalidades. A nível internacional já estão qualificados 11 mil atletas, o que representa mais de metade do universo total.
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