Em antevisão à receção da 19.ª jornada do campeonato, o técnico recordou o encontro que opôs as duas equipas e terminou com a derrota dos arouquenses por 1-0, em 10 de janeiro, mas sob uma perspetiva de preparação tática, rejeitando a vertente emocional.
“Aquele jogo, para nós, teve um sabor amargo, porque queríamos passar e tínhamos todas as condições. Não é uma questão de vingança, é de querer os três pontos, como quereríamos contra todas as outras equipas”, confessou, em conferência de imprensa.
Após a vitória diante do Estoril Praia (2-1), que colocou um fim na sequência de três derrotas consecutivas, Daniel Sousa assume que existe um espírito mais positivo dentro do grupo de trabalho, sem que o 10.º lugar que agora ocupa possa, porém, trazer um maior conforto, face à competitividade da I Liga.
“Trabalhar sobre vitórias ou resultados que não são tão bons é completamente diferente, isso é mais do que óbvio, ainda que não seja um resultado que vai alterar o caminho que temos de percorrer. Em relação à tabela, em termos do impacto emocional, não tem esse peso, porque continua tudo muito próximo. Tem de ser um alerta, a cada semana as coisas podem mudar de forma drástica”, alertou.
Relativamente ao mercado de janeiro, em que o Arouca não registou qualquer saída e apenas a entrada de Hamache, o treinador mostrou-se satisfeito com os atletas ao ser dispor e com a esperança de que o plantel possa não sofrer mais alterações.
”Estes mercados [de janeiro] são complicados, porque são de reajuste, e até podem servir para algum planeamento futuro, que eu acho uma perspetiva interessante. Agora, é uma oportunidade que não é fácil que aconteça. Em relação à equipa e ao mercado, estou extremamente satisfeito com os jogadores que estão. Eu não quero perder nenhum e faço questão de dizer a todos que são indispensáveis”, reiterou.
Pelas múltiplas ausências pelas lesões que têm assolado o plantel arouquense, não constarão na convocatória Quaresma, Hamache, Galovic e Vitinho, aos quais se junta o suspenso Pedro Santos, por ter visto o quinto cartão amarelo, algo que não tem preocupado o treinador face à adaptação dos jogadores a diferentes posições, nomeadamente no setor defensivo.
“Nós temos tido algumas situações, alguns toques, que não nos deixam preocupados, mas a fazer as nossas avaliações. Obviamente que desfalca um bocadinho, mas quem tem entrado, por exemplo, o Eboué [Kouassi] a central no último jogo, que já tinha treinado ali, fê-lo de forma exemplar. Também porque estava preparado para isso, mesmo que o jogo seja diferente do treino”, explicou.
O Arouca, 10.º classificado da I Liga, com 19 pontos, recebe no seu reduto o Vizela, 17.º, com 13, a partir das 20:30 de domingo, sob arbitragem de Luís Godinho, da Associação de Futebol de Évora.
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